Só no Rio, cerca de 2,5 milhões perderam o Auxílio Emergencial

O Auxílio Emergencial está oficialmente do volta. O Governo Federal, aliás, começou nesta última semana os pagamentos do novo ciclo do programa. No entanto, nessa nova fase do projeto apenas uma parcela da população está podendo pegar o dinheiro em questão.

De acordo com a organização Rede Brasileira de Renda Básica, só o Rio de Janeiro registrou a perda do Auxílio para cerca de 2,5 milhões de beneficiários. Esse foi o montante de pessoas que acabou tendo que deixar de receber o dinheiro do benefício entre os anos de 2020 e 2021.

Ainda de acordo com a Rede, o estado chegou a registrar cerca de cinco milhões de beneficiários do programa no início de 2020. Logo depois, quando o Governo começou a pagar o projeto residual de R$ 300, essa quantidade de pessoas caiu para a casa dos quatro milhões.

Agora, com o retorno do programa, apenas pouco mais de dois milhões de cidadãos fluminenses recebem o novo benefício. Esses cidadãos estão recebendo portanto quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. E essa não é uma questão que atinge apenas o Rio de Janeiro.

De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, que responde pelos pagamentos do Auxílio Emergencial, o país começou pagando o benefício de R$ 600 para cerca de 70 milhões de pessoas. Em setembro, no pagamento de R$300, esse número caiu para 57 milhões. Agora em 2021, o número de beneficiários caiu para a casa dos 39 milhões.

Auxílio Emergencial menor

A quantidade de pessoas não é o único ponto do Auxílio que está menor nesta nova versão do programa. De acordo com as informações oficiais, o projeto agora está pagando valores menores do que aqueles que se viu durante o ano passado.

Em 2020, o Governo Federal chegou a pagar parcelas de R$ 1200 e de R$ 600 no início do ano. Logo depois, em setembro, esses valores caíram para R$ 300 e R$ 600 respectivamente. Agora em 2021, o benefício está pagando quatro parcelas de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375 a depender de cada caso.

Além disso, o tempo de pagamento do benefício também diminuiu. No ano passado, o programa existiu durante quase todos os meses do ano. Agora, o Governo quer fazer quatro pagamentos. Assim, o projeto que começou em abril pode acabar no próximo mês de julho.

O que diz o Governo

De acordo com o Governo Federal, há uma explicação para se pagar um auxílio mais enxuto este ano. É que o país não está mais sob o período de calamidade pública. Dessa forma, o Palácio do Planalto precisa voltar a respeitar o teto de gastos.

Segundo o Ministério da Economia, o Governo não pode se dar ao luxo de gastar muito agora. O próprio Ministro da pasta, Paulo Guedes, argumentou que se a União gastar muito neste momento, a conta vai acabar recaindo sobre os mais pobres em um futuro próximo.

No entanto, mesmo com todas essas afirmações, o próprio Governo assume que vai sobrar dinheiro nos pagamentos do novo Auxílio Emergencial. É por isso que uma ala do Palácio do Planalto pensa em prorrogar o benefício por mais alguns meses.

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