SHEIN se prepara para engolir o Varejo Nacional após medida de Lula; BRADESCO revela os 4 sinais de perigo
A Shein , gigante varejista de moda online, está preparada para ampliar sua participação no mercado brasileiro, graças à medida recentemente implementada pelo governo Lula. Essa mudança legislativa pode ter sérias implicações para o varejo nacional. O banco Bradesco identificou quatro sinais de alerta cruciais que precisam ser considerados. Neste artigo, vamos explorar cada um desses pontos e analisar o potencial impacto da Shein no ecossistema de varejo brasileiro.
A chegada da Shein no Brasil
A Shein é conhecida mundialmente por sua ampla gama de produtos de moda e acessórios, oferecidos a preços acessíveis. Com sua entrada no Brasil, consumidores têm acesso a uma variedade ainda maior de opções de compras.
A chegada da Shein no Brasil teve um efeito significativo no varejo nacional. Muitas lojas físicas estão sentindo a pressão da concorrência, principalmente devido à capacidade da Shein de oferecer preços baixos e uma variedade quase infinita de produtos.
Para ganhar ainda mais espaço no mercado brasileiro, a Shein adotou várias estratégias, como a entrada no sistema Remessa Conforme. Este novo sistema, implementado pelo Ministério da Fazenda, estabelece novas regras para a taxação de produtos importados, beneficiando tanto a Shein quanto seus consumidores.
O sistema Remessa Conforme
O sistema Remessa Conforme, criado pelo Ministério da Fazenda, visa simplificar e agilizar o processo de importação de produtos, beneficiando tanto as empresas quanto os consumidores.
Com o Remessa Conforme, os produtos que custam menos do que US$ 50 estarão completamente isentos da cobrança do chamado imposto de importação. Isso significa que o consumidor não mais vai ter que pagar a alíquota de 60%. Além disso, a Shein anunciou que não vai cobrar o ICMS para os produtos que custam menos do que US$ 50.
Essas mudanças fiscais têm um impacto direto nos preços dos produtos oferecidos pela Shein. Os consumidores podem agora desfrutar de preços ainda mais baixos, tornando a Shein ainda mais competitiva no mercado brasileiro.
A Medida de Lula: O Que Mudou?
A nova legislação do governo Lula isenta o imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50. Isso se aplica a remessas enviadas por pessoas físicas e empresas cadastradas no programa “Remessa Conforme”, do qual a SHEIN tornou-se recentemente membro certificado.
Shein: Além da Isenção
A Shein decidiu ir além da medida de isenção, comprometendo-se a cobrir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em compras de até US$ 50. Isso significa que a empresa arcará com uma parte significativa das despesas tributárias dos consumidores.
Impacto no Mercado de Varejo
A decisão da Shein de absorver o ICMS pode ter implicações significativas para o mercado de varejo brasileiro. Os analistas do Bradesco BBI acreditam que isso afetará negativamente as empresas de varejo nacionais, como as Lojas Renner.
A concorrência no setor de varejo já é intensa, e a entrada agressiva da Shein só aumentará a pressão. O Bradesco BBI sugere que a continuação da concorrência acirrada provavelmente desvalorizará as ações das empresas de varejo locais.
Os sinais de perigo revelados pelo Bradesco
Em meio a essa crescente popularidade da Shein, o Bradesco revelou quatro sinais de perigo que os consumidores devem estar atentos.
1. Aumento do endividamento
Com a facilidade de comprar produtos a preços baixos, muitos consumidores podem acabar se endividando. É importante ter cuidado e planejar bem as compras para evitar problemas financeiros.
2. Compras impulsivas
Outro perigo é a compra impulsiva. Com tantas opções disponíveis, é fácil se deixar levar e comprar mais do que o necessário.
3. Qualidade dos produtos
Embora a Shein ofereça produtos a preços baixos, a qualidade pode variar. É importante ler as avaliações dos produtos antes de comprar.
4. Problemas na entrega
Por ser uma empresa estrangeira, podem ocorrer problemas na entrega dos produtos. É importante estar ciente disso e se preparar para possíveis atrasos.
Pontos de Atenção
Existem vários pontos de atenção que precisam ser considerados ao avaliar o impacto potencial da Shein no mercado brasileiro:
- Até quando a Shein estará disposta a absorver o impacto fiscal?
- Uma logística mais rápida/barata poderia compensar o novo impacto fiscal negativo da Shein ?
- O governo vai efetivamente cobrar um imposto de importação intermediário para plataformas transfronteiriças?
A SHEIN representa uma grande ameaça para as Lojas Renner. A empresa já está sofrendo uma queda significativa em suas ações e a entrada da SHEIN no mercado brasileiro provavelmente agravará essa situação.
O Futuro do Mercado de Varejo
A entrada da Shein no mercado brasileiro é apenas um dos muitos fatores que moldarão o futuro do setor de varejo. Os varejistas precisarão se adaptar a esse novo ambiente competitivo, desenvolvendo estratégias eficazes para enfrentar a concorrência internacional.
A ascensão da Shein no mercado brasileiro apresenta tanto desafios quanto oportunidades. A empresa trouxe uma nova dinâmica ao setor de varejo e está pronta para deixar sua marca. No entanto, as empresas brasileiras precisam se adaptar a essa nova realidade e desenvolver estratégias eficazes para competir.
Para competir efetivamente com a Shein , os varejistas precisarão inovar e se adaptar. Isso pode incluir a implementação de novas estratégias de marketing, a melhoria da experiência do cliente e a diversificação de produtos.
O Futuro da SHEIN no Brasil
A Shein tem um futuro promissor no Brasil. Com suas estratégias agressivas e seu compromisso em fornecer uma experiência de compra superior aos consumidores, a empresa está bem posicionada para se tornar uma força dominante no mercado de varejo brasileiro.
Em resumo, a Shein está preparada para causar um impacto significativo no mercado de varejo brasileiro. Nesse sentido, a medida de Lula, combinada com a disposição da Shein em absorver o ICMS, pode resultar em uma mudança de paradigma no setor varejista. Ainda assim, o futuro é incerto, e as empresas brasileiras devem estar preparadas para um ambiente de negócios cada vez mais competitivo.