O que se sabe sobre a nova variante do coronavírus

Até o momento, mais de 40 países fecharam suas fronteiras, por conta da preocupação da disseminação da nova variante do Coronavírus.

Embora ele já seja encontrado em todo país, houve um aumento nos casos no sudeste e leste inglês, incluindo Londres.

Por esse motivo, o primeiro-ministro Boris Johnson, anunciou medidas mais rígidas de isolamento social na Inglaterra e em todo o País de Gales.

Essa nova variante surgiu após mutações e o governo britânico acredita que há motivos para que ela seja mais contaminante e 70% mais transmissível.

Por que a nova variante do Coronavírus está causando preocupações?

É importante ressaltar que os vírus sofrem mutações o tempo todo e é indispensável entender se elas estão mudando o comportamento do vírus e alterando a doença.

Essa variante do coronavírus está causando grandes preocupações por três motivos:

  1. Ela está substituindo rapidamente outras versões do vírus;
  2. Ela possui mutações que afetam partes do vírus que são possivelmente importantes;
  3. Já se verificou em laboratório que algumas dessas mutações podem aumentar a capacidade do vírus de infectar células do corpo.

Todas essas informações podem parecer bem preocupantes, mas não há motivo para desespero.

Já que, novas cepas podem se tornar mais comuns simplesmente por estarem no lugar certo e na hora certa.

Como aconteceu em Londres, que, até recentemente, tinha poucas restrições.

Como surgiu e se espalhou?

Atualmente, a mutação do vírus foi encontrada em alguns pacientes do Brasil e nos EUA.

Porém, acredita-se que a variante do Coronavírus surgiu em um paciente no Reino Unido ou foi importada de um país menor.

Dados da Nextstrain, empresa que monitora os códigos genéticos das amostras virais em todo o mundo, sugerem que casos com essa variante na Dinamarca e na Austrália vieram do Reino Unido. 

Uma variante semelhante, que surgiu na África do Sul, compartilha algumas das mesmas mutações, mas parece não estar relacionada a esta.

A variante torna a infecção mais mortal?

De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ainda não há evidências o suficiente para garantir que a variante do Coronavírus seja mais mortal.

Porém, governos e pesquisadores estão monitorando a questão.

O diretor de programas de emergências da OMS, Michael Ryan, completou dizendo que a variante não está “fora de controle”.

Já que a taxa de reprodução do vírus já foi bem maior que em outros momentos da pandemia.

 Entretanto, ele reconheceu que as medidas preventivas decididas pelos países em resposta à cepa encontrada no Reino Unido são “prudentes”.

As vacinas funcionarão contra a nova variante do Coronavírus?

As autoridades no assunto acreditam que sim, mas apenas por enquanto.

Caso deixemos a variante do Coronavírus se espalhar e sofrer mais mutações, pode ser bem preocupante.

Já que esse vírus está em vias de se tornar resistente à vacina.

O vírus consegue se tornar resistente à vacina quando, ao mudar de formato, se esquiva dos efeitos da imunização e continua a infectar as pessoas.

Ao longo de sua trajetória, o coronavírus ainda está “testando” diferentes combinações de mutações para infectar humanos de maneira adequada.

Mas logo a vacinação em massa colocará um tipo diferente de pressão sobre o vírus, porque ele terá que mudar para infectar as pessoas que foram imunizadas. 

Se isso impulsionar a evolução do vírus, talvez tenhamos de atualizar regularmente as vacinas, como fazemos anualmente com a gripe sazonal, para manter o ritmo.

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