A utilização massiva do aparelho celular pode causar uma série de problemas a seus usuários. Todavia, o dispositivo móvel pode viciar quem o utiliza, da mesma forma que o cigarro, e pode inclusive levar a pessoa a ter doenças relacionadas com sintomas de esgotamento, como o FOMO ou o Burnout.
Ademais, quando o usuário acessa as notificações de aplicativos, por exemplo, há uma alteração em seu cérebro. Isso acontece em simples ações, como na verificação de notificações, curtidas, e no feed de redes sociais, como o Facebook, ou o Instagram. Há um prazer envolvendo a utilização dessas plataformas.
Estes hábitos, tão comuns entre os usuários da tecnologia, trazem uma sensação de prazer. Entretanto, eles podem afetar o controle dos impulsos da pessoa. O celular acaba por atuar da mesma maneira que o cigarro, ou outras drogas, o que faz com que seu uso constante, gere uma certa dependência.
Em síntese, a utilização do celular acaba fazendo com que o cérebro sofra um processo químico, liberando a dopamina, um neurotransmissor que leva informação para várias partes do corpo humano. O usuário que curte e compartilha mensagens nas redes sociais tem um grande prazer e satisfação.
Vício em redes sociais
O acesso às redes sociais podem proporcionar momentos prazerosos a seus usuários. Entretanto, a dopamina vicia e ele acaba por ficar preso, dependente do uso da tecnologia, que pode afetar tanto sua vida pessoal, quanto profissional. A pessoa confere o celular a todo o momento, o que pode ser perigoso para a saúde.
Estes estímulos que proporcionam aos usuários das redes sociais uma grande satisfação, rápida e em tempo real, acabam fazendo com que a pessoa utilize ainda mais as plataformas da internet. Quando ela está longe de seu aparelho celular sente uma grande falta, se tornando um ciclo vicioso.
O que ocorre dentro do cérebro
A utilização maciça dos celulares fornece a seus usuários estímulos rápidos que proporcionam a quem os utiliza um grande alívio frente ao mundo real. Eles acabam utilizando a ferramenta para esquecer quaisquer sentimentos ruins ou para buscar alguns prazeres durante seu dia, seja em casa ou no escritório.
Há uma liberação de dopamina em simples ações dentro das redes sociais, como a curtida de um amigo ou namorada, um comentário positivo sobre uma foto postada, entre outros. O neurotransmissor vai direto para o centro do cérebro, causando boas sensações da mesma forma quando um fumante dá um trago em seu cigarro.
O problema é que a dopamina vai também para outras partes do cérebro, onde prejudica o córtex pré-frontal, que atua sobre o controle dos impulsos, no comportamento, e na tomada de decisões dos usuários da tecnologia. Dessa maneira, há um descontrole no uso do aparelho celular.
A principal causa do vício do celular é esta recompensa rápida do cérebro, que acaba perdendo a capacidade de se concentrar por um tempo maior. Os usuários passam grande parte de seu dia imersos na utilização do aparelho, perdendo um grande tempo em redes sociais.
O celular e a dependência digital
Como em outras drogas, o cérebro adquire uma certa tolerância na utilização dos celulares. Aliás, as notificações recebidas nas redes sociais acabam por domesticar seus usuários para que ele fique cada vez mais conectado. Muitas pessoas ficam imersas na rolagem infinita dos feed de notícias.
Desse modo, a utilização do smartphones em momentos de ócio e procrastinação levam os usuários a utilizar a tecnologia em outros momentos, como no trabalho, por exemplo. A pessoa fica imersa na utilização do aparelho e perde a noção do tempo que passou ao lado do dispositivo móvel.
Analogamente, o usuário tem um êxtase ao utilizar os celulares agindo de maneira compulsiva. Há uma grande estimulação do cérebro que pode afetar a saúde mental das pessoas. Ela pode gerar inúmeros transtornos na esfera profissional, pessoal, onde o dispositivo móvel passa a gerar uma dependência.
O vício em celular pode fazer com que seus usuários apresentem sintomas relacionados à ansiedade e problemas de atenção. Pode acontecer, em casos mais graves de a pessoa apresentar a síndrome de Burnout, que é uma consequência de esgotamento mental, e o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA).