O atual índice inflacionário do país já superou as expectativas do Governo Federal, que teve que reajustar diversos aspectos da economia brasileira. Com isso, o valor do salário mínimo para 2022 recebeu uma nova previsão.
Veja também: NOVO auxílio com valor de R$500 é liberado; veja como receber
De antemão, vale ressaltar que a inflação é medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Mensalmente o IBGE deve divulgar o índice parcial da inflação, sendo o definitivo publicado apenas no final do ano.
Novo piso nacional
Na primeira projeção realizada pelo Governo Federal, a inflação projetada ficaria em torno de 6,2%. Entretanto, o índice só tem aumentado, disparando os valores de vários produtos do mercado, incluindo os alimentícios e os combustíveis.
Atualmente a inflação já passou das casas do 8%, promovendo um piso nacional estimado para 2022 em R$ 1.192,40. Isso porque, o reajuste do salário mínimo deve ser baseado na inflação, segundo a Constituição Federal.
Desta forma, a correção é de direito do trabalhador, tendo o Governo que cumprir as regras da legislação. A intenção é garantir, ao menos, o poder de compra do trabalhador mantendo sua qualidade de vida.
Piso sem ganhos reais
Desde o início do mandato do atual presidente da república, Jair Bolsonaro, o salário mínimo não recebe valores reais. Para que o piso fosse reajustado desta forma, o poder de compra do trabalhador seria aumentado. Logo, a correção teria que ser baseada em um índice superior ao IPCA.
Neste sentido, desde então os trabalhadores brasileiros estão recebendo valores iguais ao IPCA. Para este ano, por exemplo, o Governo Federal alegou que os efeitos decorrentes da pandemia da Covid-19 impediram que o piso recebesse ganhos reais. Não tão diferente, em 2022 a situação bem como o argumento deve se repetir.
Desde 2019 o salário mínimo vem sendo corrigido conforme a inflação, baseada na projeção do INPC. Em razão disso, as remunerações não têm ganhado um aumento real, deixando os trabalhadores sem poder de compra. Isso porque, o rendimento cresce, mas o preço dos produtos também.
Até 2018, a regulamentação das correções do piso nacional considerava a inflação do ano anterior projetada pelo INPC, mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Assim, era garantido o repasse do salário com ganhos reais.
Neste caso, a quantia sempre ficava acima da inflação, mesmo diante ao aumento econômico em todo país. Devido a alteração da lei, o governo de Jair Bolsonaro optou por repor apenas os prejuízos.