Devido os aumentos recorrentes no índice da inflação, milhares de trabalhadores brasileiros tiveram suas finanças comprometidas, inclusive, diante a elevação nos preços de produtos essências do dia a dia.
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Com isso, um novo salário mínimo foi previsto para 2022, que deve garantir, ao menos, o poder compra dessa população. Atualmente, os reajustes do piso nacional são baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que determinam os níveis de inflação no país.
Nova projeção para o Salário mínimo 2022
O Governo Federal projetava incialmente que a inflação para este ano atingiria 6,2%. No entanto, o índice já ultrapassou essa marca, chegando a cerca de 8,4%. Caso esse percentual se concretize até dezembro deste ano, o salário mínimo passará de R$ 1.100 para R$ 1.192,40 em 2022.
Com o reajuste vigente, outras medidas também deverão ser corrigidas, como ocorrem com os benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Caso o valor seja definido nesses números, o teto do INSS passará de R$ 6.433,57 para R$ 6.973,99.
Contudo, cabe salientar que conforme a Constituição Federal, o reajuste do salário mínimo busca sobrepor a inflação obtida no ano anterior. O objetivo é garantir o poder de compra do trabalhador, ao menos para uma melhor qualidade de vida.
Novo valor do salário mínimo muda benefícios
No Brasil, cerca de 50 milhões de pessoas serão afetadas pela correção do salário mínimo, sendo 24 milhões de segurados do INSS. Confira a simulação a seguir para saber a diferença de valores no benefício com o novo piso nacional:
Simulações dos benefícios do INSS em 2022 | ||
Reajuste previsto | Reajuste previsto | Aposentadoria em 2022 |
R$ 1.100 | R$ 92,40 | R$ 1.192,40 |
R$ 2.000 | R$ 168 | R$ 2.168 |
R$ 3.000 | R$ 252 | R$ 3.252 |
R$ 4.000 | R$ 336 | R$ 4. 336 |
R$ 5.000 | R$ 420 | R$ 5. 420 |
R$ 6.000 | R$ 504 | R$ 6.504 |
R$ 6.433,57 | R$ 540,42 | R$ 6.973,99 |
Piso sem ganhos reais
Desde o início do mandato do atual presidente da república, Jair Bolsonaro, o salário mínimo não recebe valores reais. Para que o piso fosse reajustado desta forma, o poder de compra do trabalhador seria aumentado. Logo, a correção teria que ser baseada em um índice superior ao IPCA.
Neste sentido, desde então os trabalhadores brasileiros estão recebendo valores iguais ao IPCA. Para este ano, por exemplo, o Governo Federal alegou que os efeitos decorrentes da pandemia da Covid-19 impediram que o piso recebesse ganhos reais. Não tão diferente, em 2022 a situação bem como o argumento deve se repetir.
Desde 2019 o salário mínimo vem sendo corrigido conforme a inflação, baseada na projeção do INPC. Em razão disso, as remunerações não têm ganhado um aumento real, deixando os trabalhadores sem poder de compra. Isso porque, o rendimento cresce, mas o preço dos produtos também.
Até 2018, a regulamentação das correções do piso nacional considerava a inflação do ano anterior projetada pelo INPC, mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Assim, era garantido o repasse do salário com ganhos reais.
Neste caso, a quantia sempre ficava acima da inflação, mesmo diante ao aumento econômico em todo país. Devido a alteração da lei, o governo de Jair Bolsonaro optou por repor apenas os prejuízos.