Rodrigo Maia defende criação de renda mínima permanente após pandemia

Rodrigo Maia defende criação de renda mínima permanente após pandemia

Presidente da Câmara propõe auxílio para depois da pandemia

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defendeu na última quinta-feira, 11 de junho, a prorrogação do auxílio emergencial mantendo o valor de R$ 600. Atualmente, os beneficiários mais avançados no pagamento receberam a segunda parcela.

Além de defender que as parcelas extras do auxílio sejam mantidas a R$ 600, Maia disse que é inevitável discutir sobre a criação de uma renda mínima permanente para contornar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Para Maia, a atenção deve ser dada para trabalhadores informais.

“Um grupo de parlamentares está analisando os programas do governo já existentes e estamos vendo a melhor maneira de alocar recursos, mas criar uma renda permanente não é tão simples: temos que encontrar uma fonte no Orçamento e essa discussão tem que avançar este ano”, disse o presidente da Câmara em entrevista à Globo News.

Para financiar esses programas, Maia citou reduzir subsídios tributários e a mudança de uso de recursos previstos para outras coisas, como salário de servidores públicos. Para ele, a medida de mexer com o salário de servidores públicos teria que ser adotada por todos políticos e valer apenas aos salários mais altos. “Existe muita distorção: 70% das deduções ficam com o andar de cima da sociedade”, explicou.

Paulo Guedes confirma programa permanente

Na última terça-feira (9), o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o governo federal fará um programa de renda mínima permanente, após a pandemia do novo coronavírus, chamado de Renda Brasil. Ainda, o ministro informou que será criado um programa para impulsionar a criação de empregos, com a retomada do projeto Carteira Verde e Amarela.

“Aprendemos durante toda essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”, disse Guedes durante reunião ministerial coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o ministro, haverá uma junção de vários programas sociais para a criação do Renda Brasil, que deve incluir os 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, de três parcelas de R$ 600, pago em razão da pandemia do coronavírus.

O programa Carteira Verde e Amarela, umas das bandeiras de campanha do presidente Bolsonaro, o governo tem o objetivo de flexibilizar direitos trabalhistas como forma de facilitar novas contratações.

“Há regimes onde têm muitos direitos e pouquíssimos empregos e há 40 milhões de brasileiros andando pelas ruas sem carteira assinada. Só que agora nós sabemos quem eles são e vamos formalizar esse pessoal todo”, destaca o ministro.

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