Revolução de 1848: a Primavera dos Povos

Revolução de 1848: tudo sobre o assunto

A Revolução de 1848, também denominada de Primavera dos Povos, foi um dos eventos mais importantes de todo o século XIX.

O assunto é cobrado por uma série de questões de história geral, principalmente aquelas dos vestibulares.

Revolução de 1848: Introdução

A Revolução de 1848, conhecida também como Revolução de 48 ou Primavera dos Povos, foi um conflito que ocorreu em diversas partes da Europa ao mesmo tempo.

Os movimentos em decorrência da Primavera dos Povos foram marcados por ideias liberais, socialistas e nacionalistas. Ainda, os conflitos foram influenciados pela Comuna de Paris e pela Revolução de 1830.

Revolução de 1848: Antecedentes Históricos

No ano de 1815, com o fim da Era Napoleônica, ocorreu o Congresso de Viena, evento no qual os monarcas europeus se reuniram para decidir os rumos que seriam tomados pelo continente. Uma das políticas ficou inominada de Restauração. Ela seria a responsável por restaurar as monarquias e as fronteiras que existiam na Europa antes da Revolução Francesa e antes do Império Napoleônico. Ainda, no Congresso foi criada também a Santa Aliança, um acordo entre os exércitos das monarquias europeias.

Porém, com o passar dos anos, uma forte crise econômica causada pelas péssimas condições de vida, as colheitas precárias e o aumento dos preços dos produtos provocou uma série de revoltas por parte dos camponeses e dos operários. Assim, quando, no ano de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançaram o Manifesto Comunista, despertando o ideal socialista entre a população.

Ao lado dos trabalhadores nas revoltas, estavam também os burgueses, que, com seus ideais liberais, almejavam uma maior participação na democracia e o fim do autoritarismo.

Assim, é justamente nesse contexto que espalhou-se, em toda Europa, ideais de revolta e desejo de transformação.

Revolução de 1848: Características

O rei Luís Filipe, que governava a França desde a Revolução de 1830, decretou algumas medidas para diminuir o autoritarismo no país. Podemos citar, por exemplo, o aumento do poder legislativo e o fim da censura da imprensa.

Essas ações não conseguiram impedir o avanço das manifestações em toda a Europa. Ainda, a liberdade para realizar reuniões, adquirida com o final da censura decretada pelo rei, permitiu que os grupos da oposição se reunissem em manifestações públicas denominadas de “política dos banquetes”.

O rei Filipe e outros monarcas europeus tentaram acabar com as movimentações, decretando qualquer reunião como ilegal. Porém, essa atitude somente provocou o aumento do sentimento de revolta entre os manifestantes.

Revolução de 1848: Consequências

As manifestações e revoltas culminaram no fim da monarquia e no início da Segunda República Francesa, uma república presidencialista. Com o novo regime, o direito ao voto se estendeu a todos os cidadãos adultos.

Porém, é válido ressaltar que a Revolução de 1848 não trouxe um regime socialista para a França como alguns grupos desejavam.

Em outros países também ocorreram mudanças. Na Alemanha, por exemplo, uma nova constituição foi promulgada. Na Áustria, o imperador foi forçado à abdicar. Na Itália, o sentimento nacionalista cresce fortemente, o que resultaria na Unificação do país, no ano de 1861.

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