Real Digital vai popularizar uso de criptomoedas, aposta especialista

Especializado em Inovação imobiliária, Cleberson Marques diz que a chegada do Real Digital irá consolidar mais um movimento de digitalização do dinheiro

Para Cleberson Marques, especialista em inovação imobiliária, o Real Digital, moeda que o Banco Central do Brasil estuda implementar no País, vai consolidar a digitalização do dinheiro e tem potencial para popularizar o uso de criptomoedas. 

Mesmo sem detalhes do funcionamento do Real Digital, CBDC (moeda digital emitida pelo banco central, na sigla em inglês), será uma versão virtual do real. Ele terá seu valor com base no Sistema de Transferência de Reservas (STR) e um limite de emissão, fazendo com que ela tenha uma quantidade máxima a ser emitida, da mesma forma que o Bitcoin e outras criptomoedas.

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Segundo o especialista, a chegada do Real Digital irá consolidar mais um movimento de digitalização do dinheiro e modernização de nossa economia. “O mercado financeiro apresentou várias mudanças ao longo dos anos, sempre inovando”, disse ele, em nota enviada à imprensa. 

“Das cédulas e moedas para cheques, cheques para cartões de crédito, cartões para transações eletrônicas como DOC e TED e hoje o PIX. Isso nos permitiu maior acessibilidade e velocidade na aquisição de bens e serviços e vem colocando o sistema financeiro brasileiro entre os mais modernos do mundo”, comenta.  

Marques cita que há algumas barreiras que podem impedir o Real Digital de funcionar no Brasil, como a falta acesso à internet nas casas dos brasileiros e o emprego de algum tipo de dispositivo (smartphone, tablets, PC ou notebook). Isso dificultaria a propagação dos mecanismos e adoção total do real digital e de criptomoedas. Porém, ele acredita que mesmo com estas dificuldades não haverá possibilidade do projeto ser paralisado.  

Como são os estudos do Real Digital 

O Banco Central tem feito estudos e testado diferentes sistemas de moeda digital, assim como o que está acontecendo em outros países com economias fortes. Em agosto de 2020, o BC criou um grupo de trabalho para intensificar os conhecimentos em relação ao Real Digital e às criptomoedas. 

Ao que tudo indica, as discussões em relação ao Real Digital estão avançando e algumas datas já marcaram grandes passos, como a publicação das diretrizes do real digital que foi publicada ainda em maio de 2021. Desde então, já ocorreram vários eventos para debater o assunto e também debates sobre a aplicação da moeda digital. 

Quanto ao valor, ele será parecido ao mesmo valor do real em que conhecemos neste momento. Ou seja, o mesmo R$ 1 da moeda física será o que terá esta nova moeda digital. A previsão do BC é de que todo este processo e implementação do real digital seja concluído até 2024. 

Até que de fato tenhamos a implementação do Real digital, o Banco Central já garantiu que novas rodadas serão feitas para avaliar a qualidade e o avanço do novo sistema de pagamentos, que promete ser uma melhora do que já foi visto com o PIX. Os estudos seguirão sendo feitos para garantir a melhoria da moeda. 

Brasil tem veia inovadora no sistema financeiro 

Marques diz que o Brasil é um dos países com o melhor sistema financeiro do mundo e continua investindo em sistemas e alternativas para permanecer progredindo. Prova disso é o prêmio que o País ganhou a categoria Payment Innovation da premiação Fintech & Regtech Global Awards 2021 com a criação do PIX, em novembro de 2020. 

No ano passado, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central foi eleito o melhor sistema de pagamentos do mundo entre todos os produtos de pagamentos de Bancos Centrais, lançado nos últimos 12 meses. Atualmente o sistema está com mais de 126 milhões de usuários cadastrados, segundo dados do BC. 

Conforme informações oficiais do governo federal, os brasileiros realizam mais de 1,6 bilhão de operações via Pix por mês. Esse foi o maior número de operações desde a criação do instrumento. Em março, foram movimentados mais de R$ 784,6 bilhões por meio da ferramenta tecnológica do Banco Central do Brasil (BCB). 

Com isso, o Pix já é o principal instrumento de transferência de valores e de pagamentos usado pelos brasileiros. Somente no mês de março foram 1,6 bilhão de operações, o maior número desde a criação do instrumento, de acordo com estatísticas do Banco Central do Brasil (BCB). Foram movimentados mais de R$ 784,6 bilhões por meio do Pix.

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