Quem faz PIX para conta errada pode cancelar transação? Descubra agora

Em 2023, o Pix bateu recorde de transações no país. O sistema de pagamento instantâneo conquistou uma importância vital para a população brasileira, e hoje em dia é difícil encontrar alguém que não tenha realizado transação através da ferramenta.

De acordo com os dados do Banco Central (BC), as transferências de recursos e os pagamentos feitos através do PIX somaram R$ 17,18 trilhões. Esse número é recorde para o sistema, que está em vigor no país há apenas três anos.

O BC ressaltou que as transações através do Pix cresceram 57,8% na comparação com 2022. Já em relação a 2021, o número mais que triplicou, sinalizando o crescimento explosivo do sistema de pagamentos instantâneos no país.

Tudo isso mostra que o Pix é utilizado por milhões de pessoas, e as chances de fazer alguma transação errada são elevadas. Em suma, os usuários podem digitar algum número ou letra errado e acabar transferindo dinheiro para outras contas. Portanto, é fundamental que todos tenham muito cuidado ao realizar transações pelo sistema.

É possível cancelar transação por PIX?

Nem todo mundo deve saber, mas as compras online e aquelas feitas por PIX podem ser canceladas. Isso mesmo, o consumidor tem direito ao arrependimento em até sete dias.

Assim, caso o cliente não fique satisfeito com o produto comprado, poderá solicitar o cancelamento da transação, devolvendo o produto e pedindo a devolução do dinheiro.

Cabe salientar que o Pix caiu nas graças da população, e os brasileiros utilizam cada vez mais o sistema para realizar diversas atividades no dia a dia. Em síntese, o sistema não precisa de autorização ou efetivação para realizar o pagamento, apenas da confirmação do usuário. Por isso que se popularizou tão rapidamente no país.

Diante disso, diversos usuários têm dúvidas sobre o cancelamento de transações via Pix. Isso só acontecerá em caso de Pix agendado, pois o pagamento ainda não terá sido efetivado, mas apenas programado. Já em caso de pagamento realizado, a devolução só acontecerá se a outra parte o fizer.

A devolução do dinheiro via Pix só acontecerá se a outra parte fizer a transação
A devolução do dinheiro via Pix só acontecerá se a outra parte fizer a transação. Imagem: Pixabay.

Negocie a devolução do dinheiro

Como o PIX não permite a devolução do dinheiro, o BC recomenda aos usuários que negociem a devolução do dinheiro. A saber, a única forma de não enviar o dinheiro durante a transação é negando a confirmação do pagamento. Contudo, após essa etapa, o dinheiro segue para o destino indicado.

Em outras palavras, quando há transações via Pix para contas erradas, a devolução só acontecerá se a parte que recebeu o valor assim o fizer.

Caso as pessoas sofram uma situação parecida, a indicação é fazer um boletim de ocorrência, pois o documento pode ser usado como prova em alguma ação judicial ou negociação entre as partes para resolver o problema.

Além disso, o boletim de ocorrência também pode ajudar a investigação policial. Em suma, as instituições financeiras envolvidas na situação podem requerer o documento, visto que ele protege o remetente da transação contra qualquer alegação de fraude ou golpe.

Contrate um advogado de confiança

Especialistas indicam a busca de um advogado de confiança para realizar primeiramente os procedimentos administrativos. Por exemplo, o dinheiro pode ter caído na conta de alguém que tem dívidas junto ao banco, e a pessoa fica impossibilitada de devolver o valor, já que não tem acesso a ele.

Para não ficar no prejuízo, a instituição financeira poderá ser responsabilizada e inserida no processo, a depender das circunstâncias. Logo, o mais indicado é ter atenção sempre que realizar transações financeiras via Pix, uma vez que não há como cancelar a transação.

Proteja os aplicativos financeiros

É importante lembrar que algumas situações acontecem devido às crianças, que fazem transações sem a autorização dos pais. Para não ter que passar por isso, as pessoas podem adotar algumas medidas de segurança. Veja abaixo o que fazer:

  • Restringir o uso de cartões e Pix por crianças, definindo etapas para confirmação do pagamento;
  • Utilizar um único aparelho para acesso a aplicativos bancários, deixando-o longe das crianças;
  • Colocar aplicativos bancários e de compras em pastas seguras e protegidas;
  • Limitar valores das transações;
  • Contratar serviço de notificação de pagamento dos aplicativos financeiros.

Em resumo, estas são as principais ações a serem realizadas pelos pais que não querem se surpreender com transações financeiras realizadas pelos filhos. Quanto mais protegidos os aplicativos financeiros estiverem, menores são as chances de dores de cabeça futuras.

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