Quem consegue um emprego perde o Bolsa Família? Saiba agora

Milhões de pessoas recebem mensalmente o Bolsa Família no país. O programa social visa promover a inclusão das famílias de baixa renda, garantindo o pagamento mínimo de R$ 600 aos segurados. Assim, eles têm a chance de ter uma vida mais digna, com uma renda fixa mensal.

Entretanto, muitos deles têm medo de perder o benefício ao conseguir um emprego. Isso porque o valor do auxílio ajuda os beneficiários a pagarem das contas todos os meses. Portanto, mesmo que as pessoas consigam um emprego, não querem perder a chance de ganhar, ao menos, R$ 600.

Quem consegue um emprego perde o Bolsa Família?

A resposta para essa pergunta é: depende. Em resumo, o governo Lula retomou o Bolsa Família no Brasil em março de 2023, promovendo várias mudanças no benefício.

Anteriormente, os usuários poderiam ingressar no Bolsa Família se tivessem uma renda de até R$ 210 por pessoa da família. No entanto, com a nova Regra de Proteção, o valor subiu para R$ 218 mensais.

No entanto, as famílias seguradas do Bolsa Família que registram aumento da renda, superando essa marca de R$ 218, não perdem o benefício de imediato, contanto que a nova renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo.

As famílias que se enquadram nesta realidade, com a renda por pessoa superando os R$ 218, mas ficando abaixo de R$ 706, recebem metade do benefício por mais dois anos para conseguir controlar as finanças, possuindo mais possibilidades de organizar as dívidas e contas até que o benefício deixe de ser pago.

Nesse período de dois anos, o governo pagará 50% do valor da parcela que as famílias tinham direito ao valor integral. Aliás, o governo também continuará pagando os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.

Beneficiário que conseguir emprego pode receber o Bolsa Família por mais dois anos, a depender da nova renda familiar
Beneficiário que conseguir emprego pode receber o Bolsa Família por mais dois anos. Imagem: Divulgação.

Por que o governo reduz o valor da parcela?

A saber, o Bolsa Família possui três principais objetivos:

  • Combater a fome, por meio da transferência direta de renda às famílias beneficiárias;
  • Contribuir para a interrupção do ciclo de reprodução da pobreza entre as gerações;
  • Promover o desenvolvimento e a proteção social das famílias, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos jovens em situação de pobreza.

Em suma, as famílias que registram aumento na renda e conseguem sair do grupo das pessoas mais vulneráveis do país, perdem o direito de receber o benefício. Inclusive, há alguns requisitos que devem ser atendidos para que as pessoas tenham direito ao Bolsa Família. Caso isso não aconteça, não há como receber a parcela do benefício.

Em outras palavras, o Governo Federal poderia retirar imediatamente as famílias que deixam de cumprir todos os requisitos do programa de transferência de renda. Entretanto, a Regra de Proteção do Bolsa Família garante o recebimento de 50% do valor por mais dois anos, em caso de aumento de renda que supere os R$ 218 por pessoa.

Regra de Proteção engloba quase 2,5 milhões

Em dezembro, 2,47 milhões de beneficiários estavam na Regra de Proteção, recebendo 50% do valor. Aliás, vale destacar que o governo garante o retorno da família ao programa social caso tenha perdido a renda ou tenha pedido para sair do programa.

A Regra de Proteção também garante o pagamento dos benefícios adicionais para crianças, adolescentes e gestantes. Por isso que o valor médio pago às famílias que estavam nesta regra chegou a R$ 372,39 em dezembro, acima dos 50% da parcela mínima de R$ 600.

A propósito, veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família:

  • Benefício Primeira Infância: desde março de 2023, o governo vem realizando o pagamento de R$ 150 por criança de até seis anos de idade.
  • Benefício Variável Familiar: assegura o pagamento de um valor adicional de R$ 50 a crianças e jovens de sete a 18 anos, bem como a gestantes e lactantes integrantes da composição familiar.
  • Benefício Variável Familiar Nutriz: em setembro, o governo começou a pagar um adicional de R$ 50 para os indivíduos das famílias que possuem até sete meses incompletos, ajudando no crescimento nutricional do bebê.

Calendário do Bolsa Família de janeiro

Em resumo, os repasses possuem um padrão e acontecem nos últimos dias úteis de cada mês. O calendário de pagamento da parcela de janeiro do Bolsa Família já pode ser consultado pelos beneficiários. Por isso, não perca tempo e veja abaixo as datas de pagamento do auxílio.

Cabe salientar que a Caixa Econômica realiza os repasses conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Dessa forma, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil.

Confira o calendário de pagamentos do Bolsa Família de janeiro de 2024:

  • 18 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 1;
  • 19 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 2;
  • 22 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 3;
  • 23 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 4;
  • 24 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 5;
  • 25 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 6;
  • 26 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 7;
  • 29 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 8;
  • 30 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 8;
  • 31 de janeiro – Beneficiários com NIS de final 0.
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