Quase metade das escolas não tem todos os itens de saneamento básico

O levantamento revela ainda que o Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará apresentam os piores índices de saneamento básico

Um levantamento feito pelo Melhor Escola, plataforma que conecta alunos a escolas, oferecendo bolsas de estudo para todas as etapas da educação básica, apontou que menos da metade das escolas públicas (46,7%) tem acesso a saneamento básico. Ou seja, há escassez ou inexistência de distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e coleta de resíduos sólidos.

Já entre as redes particulares, o percentual sobre para 89%. Além disso, 30% das escolas públicas e privadas no Brasil têm área verde em sua infraestrutura, como jardins, hortas e outros espaços recreativos.

O estudo da plataforma busca verificar a preparação das redes de ensino para o retorno das atividades escolares presenciais, no cenário da pandemia de Covid-19.

Sem acesso ao saneamento básico e áreas verdes, o risco de contaminação que professores, funcionários e estudantes enfrentam pode ser maior. “Na hora de optar por abrir a escola novamente, o que vai ser analisado é qual a chance de acabar alastrando a pandemia”, diz o diretor de Novos Negócios da Quero Educação, Sérgio Fiúza.

O levantamento revela ainda que o Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará apresentam os piores índices de saneamento básico nos centros de ensino do país, beirando 10% na rede pública.

Especialistas da área de saúde e de educação avaliam que é preciso pensar em um novo formato de ensino presencial, uma vez que o vírus continuará circulando entre as pessoas e que um espaço fechado é mais propício para ele permanecer durante muito tempo.

Retorno às aulas

Na semana passada, os secretários estaduais de Educação divulgaram documento com diretrizes nacionais para um protocolo de retorno às aulas presenciais. De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), o documento foi elaborado a partir da experiência de outros países que já retornaram às aulas e ainda propostas de protocolos criadas por estados que já se adiantaram nesse quesito.

Entre as orientações estão: que as redes de ensino considerem o distanciamento social revisando o número de alunos por sala; o cancelamento de atividades em grupo; a disponibilidade de máscaras individuais; a garantia de lavatórios ou pias com dispensador de sabonete líquido, suporte com papel toalha, lixeira com tampa com acionamento por pedal e dispensadores com álcool em gel em pontos de maior circulação, como recepção, corredores e refeitório.

O Consed ressalta que cada sistema de ensino deverá definir as próprias orientações com base na realidade local. Os secretários dizem que ainda não têm previsão de data para o retorno, mas que estão trabalhando com as equipes nas estratégias sanitárias, financeiras e pedagógicas que serão colocadas em práticas a partir do momento em que essas datas forem definidas. *Informações da Agência Brasil.

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