O Governo Federal pode prorrogar o Auxílio Emergencial até 2022 caso não consiga lançar o Auxílio Brasil em novembro. A questão é que o programa será encerrado em breve e não há confirmação da implementação do novo Bolsa Família. A equipe técnica está encontrando dificuldades em encaixar o orçamento do novo projeto.
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Há muitos aspectos que podem influenciar o engavetamento do Auxílio Brasil. Além das questões de financiamento do programa, o prazo para que seja implementado está se encerrando. Isso porque 2022 será um ano eleitoral e por lei, não pode ocorrer lançamento de nenhuma política pública. Neste sentido, parte dos representantes do Governo já apoiam a renovação do Auxílio Emergencial.
Sendo assim, a equipe técnica do Governo pode declarar mais uma vez o estado de Calamidade Pública. A ação permitiria uma nova rodada para o programa emergencial, uma vez que recursos seriam disponibilizados fora do teto de gastos da União. A justificativa seria os impactos causados pela pandemia decorrente da Covid-19.
Todavia, para o ministro da Economia, Paulo Guedes, apelar pela publicação da cláusula de calamidade alegando a contenção da pandemia do coronavírus não é a ação ideal, pois reforçaria a instabilidade econômica do país.
Em meio a tantas discussões, a Caixa Econômica Federal prossegue com os pagamentos das últimas parcelas do Auxílio Emergencial. Atualmente a instituição está convocando os beneficiários a retirarem o benefício da sexta parcela em espécie.
A partir da próxima semana, o pagamento da sétima parcela do programa começará. A expectativa é que o grupo do Bolsa Família passe a receber o abono primeiro, logo após, os demais segurados. Contudo, cabe salientar que o Governo precisa tomar uma decisão o quanto antes para que a população carente não fique desamparada.