Preços dos combustíveis devem CAIR ainda mais, diz Haddad

Preços dos combustíveis devem CAIR ainda mais, diz Haddad

Ministro explicou que Petrobras deve reduzir novamente preço dos combustíveis em julho para absorver aumento dos impostos

Os motoristas do país receberam mais uma grande notícia nesta semana. Após a Petrobras reduzir os preços dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a companhia deverá promover mais uma redução em julho.

Isso mesmo, os consumidores poderão aproveitar mais uma queda nos preços dos combustíveis. Contudo, a notícia não é completamente positiva. Na verdade, a Petrobras deverá reduzir novamente os valores porque, em julho, também está previsto o início de alguns tributos federais que incidem sobre os combustíveis.

Com o aumento [de tributos] previsto para 1º de julho, vai ser absorvido pela queda do preço deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo o que podíamos. Justamente esperando o 1º de julho, quando acaba o imposto de exportação e acaba o ciclo de reoneração“, explicou Haddad.

Em outras palavras, os motoristas não deverão sentir o aumento nos preços dos combustíveis nas bombas do país. Pelo menos esse será o objetivo da Petrobras, segundo o ministro, para que os motoristas não sofram com o encarecimento dos combustíveis.

A propósito, Fernando Haddad deu essa declaração durante uma reunião conjunta nas comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Redução seguirá preços internacionais

De acordo com o ministro da Fazenda, a redução prevista para julho seguirá os preços internacionais. Em síntese, ele explicou que a Petrobras deverá reduzir os preços da gasolina e do álcool, mas de maneira consciente.

A Petrobras deixou claro que obviamente vai olhar o preço internacional. Não tem como escapar disso porque ela importa. Ela pode, em uma situação mais favorável como agora em que o preço do petróleo caiu, mas que o preço do dólar caiu, combinar os dois fatores e reonerar sem impacto na bomba“, disse Haddad.

Além disso, o ministro informou que a redução não deverá atingir apenas a gasolina e o álcool, mas também o diesel. Cabe salientar que a desoneração referente ao diesel vale até o final do ano, ou seja, os preços do combustível não teria razão para subir em julho com a volta dos impostos. Mesmo assim, a Petrobras deverá estender a redução a este combustível.

E tudo bem, como vai acontecer com o diesel no final do ano. Já deixou uma gordura para computar a reoneração“, informou.

Nesta semana, a Petrobras também reduziu em 12,8% o preço do diesel para as distribuidoras do país. Em suma, essa foi a nona redução consecutiva no preço do diesel ao longo dos últimos nove meses.

A título de comparação, a companhia estava comercializando o combustível fóssil a R$ 5,61 no início de agosto de 2022. De lá para cá, o preço do diesel caiu 44,2% no país, chegando a R$ 3,02 nesta semana, para alegria dos motoristas, que poderão ter mais uma redução em julho.

Ministro fala sobre controle da inflação

Durante a reunião, o ministro Haddad também falou sobre o controle da inflação no Brasil. Em resumo, esse tema tem recebido bastante atenção do governo federal, uma vez que a taxa inflacionária elevada continua sendo citada pelo Banco Central (BC) como principal motivo para os juros elevados no país.

O problema é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já criticou diversas vezes a taxa de juros no país, que está no maior patamar desde o final de 2016, ou seja, há seis anos e meio.

A saber, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, está em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado. A expectativa é que o BC reduza os juros no segundo semestre deste ano. Contudo, a entidade financeira já alertou que a taxa será mantida caso a inflação volte a subir no país.

Para Fernando Haddad, a redução dos impostos federais não ajuda a combater a inflação no país. “Não estou dizendo que não possa em um momento ou outro não possa fazer isso“, ponderou o ministro.

Em síntese, a equipe econômica do governo Lula anunciou no início deste ano uma série de medidas para reduzir o rombo das contas públicas em 2023. Um das medidas consistia no aumento da arrecadação federal, através dos impostos pagos pela população. Assim, com a União arrecadando mais dinheiro, a previsão para o rombo das contas públicas diminuiu significativamente.

A título de comparação, o déficit das contas públicas, aprovado pelo Congresso Nacional no final de 2022, era de R$ 231,5 bilhões. Contudo, após as medidas anunciadas pela equipe econômica do governo, o rombo previsto caiu para R$ 120 bilhões.

De todo modo, a redução nos preços dos combustíveis deverá beneficiar milhares de motoristas do país, que já aguardam ansiosos por isso.

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