O preço médio do gás de cozinha subiu de maneira mais intensa nesta semana. Os brasileiros tiveram que pagar mais caro para adquirir o botijão de 13 quilos, e boa parte dos consumidores deve ter sentido a variação em relação à semana anterior, já que foi mais intensa que o habitual.
Em suma, o gás de cozinha ficou mais caro na semana devido ao acréscimo nas taxas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) imposto pelos Estados.
A saber, o gás de cozinha ficou R$ 1,27 mais caro em relação à semana passada. De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de revenda do botijão de 13 quilos passou de R$ 100,67 para R$ 101,94 no país.
Segundo cálculos de analistas, o gás de cozinha deveria registrar um avanço de R$ 1,41, ou seja, o valor do botijão de 13 quilos pode ter ainda mais altas nas próximas semanas.
Preço havia caído para o menor nível em 27 meses
Cabe salientar que, na semana passada, o preço do botijão de gás havia caído para o menor patamar desde a semana encerrada em 16 de outubro de 2021, quando o botijão custou R$ 100,44. Em outras palavras, o preço do gás de cozinha atingiu na semana passada o nível mais baixo em 27 meses.
A propósito, a ANP divulga semanalmente as variações dos valores do botijão de gás nos estados e suas capitais, bem como nas regiões brasileiras.
Em 2023, o preço médio do gás caiu 7% no país, para alívio dos brasileiros. Com o avanço semanal, o preço médio do país se distanciou um pouco da marca de R$ 100, mas os brasileiros que compram gás de cozinha ainda estão conseguindo aproveitar preços acessíveis.
Destaques da semana
A ANP revelou que o preço médio do botijão de gás subiu em todas as regiões brasileiras nesta semana: Nordeste (R$ 1,81), Centro-Oeste (R$ 1,19), Sul (R$ 1,17), Sudeste (R$ 0,99) e Norte (R$ 0,80).
Em relação às unidades federativas (UF), os valores subiram em todos os 27 locais, refletindo o aumento da alíquota do ICMS no país. Os maiores avanços ocorreram em:
- Bahia: R$ 3,00;
- Maranhão: R$ 2,81;
- Mato Grosso do Sul: R$ 2,45;
- Distrito Federal: R$ 2,27;
- Alagoas: R$ 1,79;
- Rio Grande do Norte: R$ 1,73.
Na outra ponta da tabela, com altas bem mais modestas, ficaram Tocantins (R$ 0,04), Paraíba (R$ 0,06), Sergipe (R$ 0,18) e Rondônia (R$ 0,25).
Menores preços do país vêm do Nordeste
Nesta semana, Pernambuco seguiu com o gás de cozinha mais barato do país, posição que assumiu em meados de maio de 2023, e nunca mais saiu. A propósito, o preço médio do gás de cozinha no estado nordestino ficou 13,1% menor que a média nacional.
Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana:
- Pernambuco: R$ 88,53;
- Rio de Janeiro: R$ 92,97;
- Alagoas: R$ 94,43;
- Distrito Federal: R$ 95,45;
- Espírito Santo: R$ 95,80;
- Piauí: R$ 96,11;
- Sergipe: R$ 97,59;
- Paraná: R$ 98,81;
- Ceará: R$ 99,59.
Em resumo, estas nove UFs comercializaram o botijão de gás a preços iguais ou inferiores a R$ 100. Outros locais também tiveram valores bem próximos a essa marca: Minas Gerais (R$ 100,79), São Paulo (R$ 101,64), Goiás (R$ 101,82) e Paraíba (R$ 102,71).
Região Norte tem o gás de cozinha mais caro do país
Por sua vez, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 128,62), posição que ocupou em todas as semanas de 2023, e vem fazendo isso em 2024. Em síntese, o preço do botijão de 13 quilos em Roraima superou em 26,2% a média nacional, para tristeza dos consumidores do estado.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
- Roraima: R$ 128,62;
- Amazonas: R$ 123,36;
- Tocantins: R$ 119,28;
- Rondônia: R$ 119,25;
- Acre: R$ 115,82;
- Santa Catarina: R$ 114,12;
- Amapá: R$ 113,79;
- Mato Grosso: R$ 113,18.
Auxílio Gás será pago em fevereiro
A saber, o governo federal atende milhões de pessoas através do Auxílio Gás desde 2021, ajudando as famílias de baixa renda do país a adquirirem gás de cozinha. Este é um dos principais programas sociais mantidos pelo Poder Executivo e visa a inclusão social e econômica dos segurados.
Em sua origem, o auxílio tem previsão de cobrir metade do valor do gás de cozinha. No entanto, o Governo Federal manteve o benefício turbinado no país em todo o ano passado, cobrindo todo o valor do botijão de gás.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, o pagamento do benefício ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Por isso que não houve repasses em janeiro, já que a última parcela foi paga em dezembro do ano passado, mas os repasses estarão de volta em fevereiro. Agora, os beneficiários estão controlando a ansiedade para receber o auxílio neste mês.