Durante os últimos meses o preço do gás vem subindo incessantemente e está mais caro do que nunca, isso não há como negar. Já passou a ser comum encontrar botijões de gás custando valores acima dos R$100, na região Norte, por exemplo, o preço já chega aos R$113.
Apenas no mês de maio o preço do gás de cozinha teve um aumento médio de 1,24% em todo Brasil, isso segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o preço do gás encanado teve um aumento de 4,58%.
Mesmo com todos esses aumentos consecutivos, a Petrobrás anunciou que a partir dessa segunda-feira(14) aumentará em 5,9% o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) o conhecido botijão de gás nas distribuidoras, o preço chegará a R$3,40 o quilo, o que representa um aumento médio de R$0,19.
O preço deve baixar?
Muitos dos consumidores devem estar com essa dúvida nesse momento. É válido ressaltar que o cenário não é dos melhores e não tem perspectiva de melhora tão cedo. Porém, antes de entendermos o porquê disso devemos compreender os fatores determinantes do preço do gás no Brasil.
O gás de cozinha e o gás encanado são derivados do petróleo, por isso levam o nome de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Portanto, o preço do combustível fóssil é o principal fator determinante do preço do gás. Tendo isso em vista é intuitivo que se o petróleo estiver caro o gás consequentemente também estará.
O preço do barril de petróleo nesta quinta-feira estava cotado a aproximadamente R $370, um preço muito parecido com o que o barril atingiu em maio de 2019. Hoje sexta-feira(11) o barril está avaliado em R$373,01. No momento mais acentuado da recente crise econômica o barril de petróleo chegou a valer US$22,74 o que convertido para real com o valor atual do dólar gira em torno de R$116,42.
Um ponto ainda que deve ser considerado é que a matéria-prima é negociada em dólar. Apesar do real estar se valorizando em relação à moeda americana, a alta no petróleo praticamente anula isso que deveria ser uma vantagem na hora de calcular o preço do gás.
O governo tentou intervir zerando o PIS e Cofins sobre o gás de cozinha. No entanto, esse desconto não chegou ao bolso do consumidor, pois as empresas aproveitaram para tirar uma margem de lucro.
Preço do gás de cozinha nas capitais
O preço do gás de cozinha varia de estado para estado, os valores mostrados aqui são referentes ao período de 30 de maio até 5 de junho. Esses valores atualizados nos mostram o quão mais caro e inacessível está o botijão de gás no Brasil. Os 7 mais caros são:
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Macapá (AP) – R$ 104,67
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Boa Vista (RR) – R$ 103,23
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Cuiabá (MT) – R$ 103,12
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Rio Branco (AC) – R$ 101,86
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Porto Velho (RO) – R$ 98,66
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Fortaleza (CE) – R$ 93,28
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Belém (PA) – R$ 93,14
Em contrapartida, os 7 lugares com os menores preços do gás de cozinha são:
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Rio de Janeiro (RJ) – R$ 75,97
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Recife (PE) – R$ 78,26
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Campo Grande (MS) – R$ 79,85
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Brasília (DF) – R$ 80,24
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Salvador (BA) – R$ 80,42
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São Paulo (SP) – R$ 81,58
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Maceió (AL) – R$ 82,36
Como podemos notar o botijão de gás está mais caro do que nunca e os preços tão altos não tem previsão de melhora. O Brasil se encontra em meio a uma crise econômica, sanitária e social o que torna ainda mais inacessível o gás a uma grande parte da população. O preço do gás que já é alto promete ainda aumentar na próxima segunda-feira como já dito anteriormente.