É cada vez maior a adesão do PIX no país, superando outras modalidades tradicionais, como o TED e o DOC que estão cada vez mais perdendo espaço. As transações por PIX no último semestre totalizaram 2,3 bilhões, ficando muito acima das feitas com TED, que somaram 209,84 milhões.
Porém, os valores por TED continuam superando as transações que são feitas pelo sistema de pagamentos instantâneos. As TEDs somaram R$ 13,03 trilhões, sendo que as feitas por PIX chegaram a R$ 1,50 trilhão. Lembrando que o PIX é um sistema de pagamentos e transferências parecido ao TED e DOC, porém as transferências são instantâneas e também recebidas em feriados e dias não úteis.
Detalhes sobre as novas funcionalidades do PIX
última quinta-feira (2), o Banco Central anunciou que a partir de novembro os usuários vão poder usufruir de serviços com as novas funcionalidades: o PIX Saque e o PIX Troco. O correntista poderá sacar até R$ 500 durante o dia e em transações noturnas (20h às 6h) R$ 100, como uma medida de prevenção à furtos.
A pessoa física que consumir não terá nenhum custo nos estabelecimentos desde que realize até oito operações por mês. Estarão autorizados a oferecer os serviços estabelecimentos comerciais, padarias, supermercados e entre outros, além de ATMs.
Para ter acesso ao troco e saque em espécie, basta que o cliente faça um PIX para o agente de saque, similar ao que já acontece no sistema de pagamentos normal. Será realizado a leitura do QR Code que irá ser mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo de quem está prestando o serviço.
Entenda como irá funcionar na prática
No PIX Saque, o usuário irá chegar no caixa e pedir para fazer um saque de R$ 100, utilizando a sua chave PIX. Já em relação ao PIX Troco, o usuário irá comprar algo no estabelecimento e pedir uma quantia a mais no dinheiro por ter realizado a transação. Como exemplo: deposita R$ 200 no PIX por algo que custa R$ 100 e recebe esse valor em espécie.
As novas funcionalidades não serão obrigatórias para o comércio, mesmo que o estabelecimento já tenha aderido o PIX como forma de pagamento. Para quem aderir, receberá entre R$ 0,25 e R$ 0,95 por cada transação, como um bônus de incentivo.
Mesmo com maior proteção ao PIX, Banco Central alerta para os golpes
A Polícia Civil de São Paulo foi muito acionada no primeiro semestre do ano, como em casos onde aconteceu o sequestro-relâmpago da filha de um diretor do Bradesco. Naquela ocasião, R$ 51 mil haviam sido transferidos da conta dela e feitos por desconhecidos. Esses e outros casos chamaram a atenção do BC que reforçou a segurança do meio de pagamento.
Um crescente mercado de aluguel de contas bancárias estão impulsionando uma série de crimes em que se utiliza o PIX e em especial na Grande São Paulo, o que fez com que o Banco Central tomasse uma série de medidas para garantir que as novas modalidades ofereçam mais segurança e mais barreiras aos criminosos.