PIX deve ser integrado ao WhatsApp e outras empresas, diz presidente do BC

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), confirmou os rumores sobre uma grande novidade para quem usa o sistema de pagamento instantâneo (Pix) e o WhatsApp  em evento virtual na terça-feira (14). A novidade é que o PIX vai chegar em breve ao WhatsApp como uma segunda forma de pagamento pelo aplicativo além do já existente, WhatsApp Pay.

Entretanto, o presidente do BC não está satisfeito apenas com o aplicativo de mensagens da Meta (novo nome da empresa dona do Facebook) atuando com a solução de pagamentos via PIX da instituição. Ele gostaria que outras companhias fizessem o mesmo, como o Google.

“Não queremos apenas o WhatsApp, mas também o Google… todos. O BC está oferecendo que todos possam competir no mesmo nível”, afirmou Roberto em evento. O WhatsApp é o aplicativo mais usado de sua categoria no Brasil, com 93% da população brasileira o usando diariamente.

O presidente do BC autorizou o app de mensagens da Meta a usar o PIX simplesmente porque o considerou pronto para integrar a solução de pagamento. “Apenas autorizamos o WhatsApp porque avaliamos que ele está pronto para atuar. Acho que o WhatsApp e o Pix vão se integrar”, salientou.

PIX não para de bater recordes

No aniversário de 1 ano de funcionamento (em novembro deste ano), o PIX já tinha sido utilizado como método de pagamento, desde estabelecimentos até transações entre amigos,  mais de 1,6 bilhão de vezes e movimentou mais de R$ 4 trilhões.

A ferramenta que permite transferir dinheiro instantaneamente para qualquer um, sem taxa alguma, durante 24h todos os dias da semana incluindo feriados, foi muito bem aceita pela população brasileira e de acordo com as últimas estatísticas divulgadas pelo BC, de setembro de 2021, as transações feitas por PIX superam as realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somados.

Desde o início de seu funcionamento, o PIX vem batendo recordes de transações: na segunda-feira (13), mais de 50,3 milhões de brasileiros usaram a opção de transferência, segundo dados do BC. O maior número antes registrado era de 50 milhões de operações em um único dia.

Alterações e melhorias aplicadas ao PIX

Uma das melhores novidades relacionadas ao pix, com certeza está a possibilidade de utilizar o PIX sem internet, já que deve ser a próxima funcionalidade anunciada pelo Banco Central.

De acordo com a instituição, já existem estudos avançados e discussões com a indústria sobre uma forma de iniciação por QR Code gerado pelo pagador em modo offline, o que  viabilizará o pagamento quando o usuário não estiver com sinal de Wi-Fi ou internet móvel.

Em contrapartida, o BC salienta que para o produto ser lançado “é necessário que o sistema de QR Codes seja melhor assimilado pela população em geral”. Ainda não há data definida para a disponibilização da ferramenta.

Por fim, o BC divulgou também que estuda a possibilidade de realizar transações internacionais por meio do PIX, algo que deve levar mais tempo, já que envolve diferentes sistemas de diferentes países e ainda não há um cronograma definido para isso.

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