O crescimento do PIB no Brasil deve ficar abaixo da média mundial neste ano. É o que prevê o relatório “Perspectivas Econômicas Mundiais“, do Banco Mundial. O documento foi divulgado nesta terça-feira (05).
A estimativa é que o PIB do Brasil cresça 3%, valor abaixo da média mundial que prevê alta de 4%.
As contas também são mais pessimistas que a previsão do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (04). De acordo com o boletim, a projeção média de alta é de 3,40% para este ano.
Além disso, de acordo com o relatório do Banco Mundial, o Brasil deve ficar atrás de outros países próximos.
Na América Latina e no Caribe, por exemplo, a expectativa de crescimento do PIB no ano é 3,7%.
Todavia, em 2020 a queda do PIB brasileiro foi menor que os países destas regiões, sendo -4,5% contra -6,9%.
No ano passado, as projeções do PIB para o Brasil era uma queda total de 8%. O resultado negativo teria forte influência da pandemia do Covid-19. O Banco Mundial chegou a atualizar em outubro para -5,4%, sendo concretizado uma queda menor de 4,5%.
Outras comparações
O Brasil deve registrar em média menor mesmo que os considerados países emergentes (+5%).
O resultado foi impulsionado pela economia chinesa, porém mesmo sem a China, a média de crescimento de PIB entre os países emergentes é de +3,4%.
Já os países asiáticos registraram média de 7,9%, um total de 4,9% a mais que o Brasil.
Expectativa de PIB Mundial caiu
A expectativa da média do PIB mundial apresentou queda, neste documento divulgado pelo Banco Mundial. Anteriormente, a previsão é que a média mundial atingisse 4,2%, porcentagem reduzida para 4% neste novo relatório.
A queda da média da economia mundial ocorreu devido a expectativas baixas de economias avançadas. De acordo com o Banco Mundial, as medidas restritivas impostas na Europa e nos Estados Unidos apontam que a recuperação dessas economias será lenta e desafiadora.
“Embora a economia mundial pareça ter entrado em um período de recuperação moderada, os formuladores de políticas públicas enfrentam desafios tremendos — em termos de saúde pública, gestão da dívida, políticas orçamentárias, banco central e reformas estruturais — ao tentar garantir que esta recuperação global ainda frágil ganhe força e estabeleça a base para o crescimento robusto”, afirma em nota ao G1, o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass.
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