PIB do Brasil deve voltar ao top 10 só na próxima década; Entenda!

A previsão para o próximo ano é de que o Brasil continuará como a décima primeira maior potência econômica mundial. Isso porque o PIB do Brasil é atualmente o 11º da lista liderada pelos Estados Unidos. A previsão consta do relatório anual publicado neste domingo (26) pelo britânico Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês).

O centro de pesquisas aponta que o PIB do Brasil voltará ao grupo das 10 maiores economias mundiais em 2030. O relatório  prevê ainda que, apesar da China ser o país com o ritmo de crescimento econômico mais forte do mundo atualmente, só chegará ao top 1 na próxima década. Isso porque os EUA também estão em um ritmo acelerado de crescimento econômico.

O relatório divulgado anualmente pela CEBR, analisa  as perspectivas das economias globais, e compara a riqueza dos países em dólar. Para o Brasil, no relatório divulgado ontem (26), os economistas britânicos têm uma perspectiva mais otimista, apontando um crescimento econômico em 1%, contra 0,5% do mercado financeiro.

Para o futuro, o tom do documento não é muito otimista. “Para os próximos 15 anos, as projeções do CEBR indicam que o PIB do Brasil terá uma modesta melhora no ranking das maiores economias do mundo, ao subir do 11º lugar em 2021 para o 9º posto em 2036”.

PIB do Brasil é prejudicado pela inflação

De acordo com os especialistas britânicos salientam também que a economia brasileira passa por um período de dificuldades, com diversos problemas que prejudicam o crescimento. Entre eles, destacam especialmente a inflação, já que atualmente o Brasil apresenta a terceira maior taxa de inflação do G20 (grupos das 20 maiores potências mundiais).

“Além dos problemas nas cadeias de produção e altos preços da energia, a fraqueza da moeda do Brasil é um fator adicional de pressão na inflação. O real perdeu cerca de um quarto do valor desde o começo da pandemia, em 2020”, explicam os economistas do CEBR.

Para o ano que vem tem mais um agravante para o cenário econômico brasileiro que é a incerteza adicional gerada por ser um ano eleitoral para a presidência. “A disputa para a presidência pode causar instabilidade política adicional”, diz o documento.

Todavia, os economistas do CEBR reconheceram a elevada taxa de vacinação entre a população brasileira, o que pode gerar uma maior resiliência às possíveis novas variantes da Covid-19. Dessa maneira o país estaria mais preparado para as adversidades econômicas advindas da pandemia e manter o PIB do Brasil em alta.

PIB dos EUA x China

O relatório divulgado pelo centro de pesquisa britânico, também apresenta estimativas para as  duas maiores economias do mundo: Estados Unidos e China. O estudo destaca que, apesar de os EUA terem sido afetados drasticamente pela pandemia, a economia norte-americana ganhou força, especialmente após o grande plano de investimentos anunciado pelo presidente Joe Biden com cifras na casa do trilhão de dólares.

Com esses novos investimentos, os EUA devem crescer 4% em 2022 e há condições para que o ritmo do PIB siga na casa de 2% ao ano a partir de 2024. As novas variantes da Covid podem ser um risco para a concretização desse cenário, diz o documento.

Ao mesmo tempo, o CEBR acredita que a China vai gradualmente ganhar força no crescimento. Com isso, a previsão para a próxima década é de que o PIB do Brasil entre no top 10 e de que a China assuma o posto de maior economia do mundo.

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