Em novembro do ano passado, foi lançada pelo Banco Central (BC) a ferramenta de pagamentos instantâneos chamada PIX. Desde então, o Pix vem sendo grande sucesso entre os brasileiros, com uma taxa de adesão superior a 70%. O nível de aprovação da ferramenta em 12 meses também subiu, passando de 76% para 85%.
Neste ano foi lançada a quarta edição da pesquisa Radar Febraban, que é realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para a Federação Brasileira de Bancos.
Segundo o estudo, a aprovação do Pix alcança quase 100% dos entrevistados com idade entre 18 e 24 anos. O resultado não é muito diferente quando consideramos os entrevistados na faixa de 25 a 44 anos, com aprovação de 96%.
Considerando a escolaridade e renda dos entrevistados, o Pix tem aprovação de mais de 90% entre as pessoas que cursaram o ensino médio e o ensino superior. Entre os entrevistados que possuem faixa de renda de mais de cinco salários mínimos a aprovação é de 90%. A menor taxa de aceitação da ferramenta está entre os cidadãos com 60 anos ou mais, caindo para 65%.
A pesquisa mostra que houve crescimento nas tentativas de golpes através do PIX
Comparando o número de usuários que já foram vítimas de fraudes ou tentativas de golpes por Pix, entre o levantamento realizado em setembro deste ano e o atual, o número se mantém estável com 21% e 22% respectivamente. O público apontado como mais vulnerável pela pesquisa está na faixa dos 60 anos ou mais, com 30% dos entrevistados dizendo que já foram vítimas de golpes ou tentativas.
O estudo também compara o público que foi vítima de golpes e os que sofreram tentativas, porém não foram concretizadas. Cerca de 30% dos entrevistados alegaram ter perdido dinheiro com golpes e fraudes, outros 69% disseram que sofreram tentativas, porém não caíram.
Dentre os golpes mais comuns relacionados ao Pix, destaca-se a clonagem de cartões de crédito ou troca dos mesmos, cerca de 48% dos entrevistados sofreram tentativas, sendo concretizadas ou não. Em segundo lugar está o golpe onde alguém pede seus dados por telefone, chamado de golpe da central falsa, ele teve crescimento de 10 pontos percentuais entre setembro e dezembro, saltando de 18% para 28%. O golpe do WhatsApp, onde o ladrão se passa por algum familiar solicitando dinheiro subiu para 24%.
A inflação também é apontada como preocupante
A pesquisa realizada pela IPESPE também analisou a expectativa de mais de 3 mil brasileiros acerca da situação da economia, consumo e bancos. Foi revelado que com as crescentes altas nos índices inflacionários, a alimentação e o consumo diário foi prejudicado para cerca de 70% dos entrevistados. Outros 42% avaliaram que o maior impacto da alta foi no preço dos combustíveis.
Segundo o Radar Febraban, a confiança dos brasileiros em relação aos bancos também diminuiu, passando de 60% em setembro para 58% no levantamento publicado este mês. Considerando as fintechs, o percentual de confiança teve queda ainda mais acentuada, passando de 59% para 56%. Quando perguntados sobre as empresas privadas em geral, a confiança se manteve na casa dos 54%.