O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve a sua primeira edição em 1998 e o seu objetivo era exclusivamente avaliar o desempenho dos estudantes no ensino médio. No entanto, com o passar dos anos, após mais de 20 anos de sua criação, o Enem funciona como a maior porta de entrada para o ensino superior no Brasil, seja na rede pública de ensino ou privada. Por meio de programas como o SiSU e o ProUni, por exemplo, os alunos podem usar as notas obtidas no Enem para concorrer a uma vaga no curso desejado.
Desse modo, muitas universidades, principalmente as da rede pública, optaram por substituir o vestibular tradicional pelo ingresso via Enem (SiSU). Outras como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP) ainda mantém seu próprio processo seletivo.
Enem é alternativa no novo contexto
Contudo, no atual contexto da pandemia da covid-19, as restrições criam problemas de logística para a aplicação de provas dos vestibulares. As medidas sanitárias adotadas exigem o distanciamento social para evitar a transmissão do vírus. Desse modo, para muitas instituições, usar a nota do Enem se tornou a melhor alternativa.
A adoção do Enem permite que as instituições selecionem seus novos alunos a partir das notas das provas cujo responsável pela aplicação é o Inep. Além disso, há o benefício de que o aproveitamento ocorre de forma totalmente digital. Nesse sentido, as universidades não têm gastos para aplicar as provas e evita que os seus funcionários e candidatos fiquem expostos um possível contágio por covid-19.
Assim, o cenário atual exige o uso das notas do Enem como saída para uma situação emergencial. As provas do Enem estão previstas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa). Já a versão digital deve ocorrer nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
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