O dado do Enem de 2023 que animou o Governo Lula

O dado do Enem de 2023 que animou o Governo Lula

Novo dado divulgado pelo Ministério da Educação sobre a edição deste ano do Enem animou o Palácio do Planalto.

Nesta semana, o Ministério da Educação divulgou novos dados sobre a edição de 2023 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma das informações parece ter animado membros do Palácio do Planalto. Trata-se do dado que aponta que a prova deste ano recebeu as inscrições de 3.933.970 pessoas ao todo.

O número anima o Ministério da Educação porque marca uma interrupção na curva de queda no processo de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio. A avaliação interna é de que a campanha realizada pelo Governo Federal surtiu efeito, fazendo com que mais alunos se candidatassem para realizar a prova em questão.

A grande maioria das pessoas que se inscreveu no Exame Nacional do Ensino Médio deste ano conseguiu a chamada gratuidade total na inscrição. Ainda tomando como base as informações do Ministério da Educação, 63% dos candidatos não tiveram que pagar nada. São alunos egressos de escolas públicas, e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Os dados também apontam que quase metade dos candidatos inscritos já concluiu o ensino médio (48,2%). Outros 35,6% se inscreveram no Enem enquanto ainda estão cursando o terceiro ano do ensino médio. Para 15,8% dos inscritos, a ideia é apenas fazer o Enem para acumular experiência, já que eles ainda estão no 1º ou no 2º ano.

A inscrição por estados

Os dados também apontam que o estado com maior número de inscritos é São Paulo, com cerca de 580 mil inscrições para este ano de 2023. Logo depois, aparecem Minas Gerais, com pouco mais de 358 mil candidatos e a Bahia com 320 mil inscritos. Veja a lista completa abaixo:

Estado Inscritos
São Paulo 590.759
Minas Gerais 358.599
Bahia 324.272
Rio de Janeiro 282.300
Ceará 242.964
Pará 229.179
Pernambuco 218.857
Rio Grande do Sul 192.717
Paraná 166.505
Maranhão 165.771
Goiás 149.115
Paraíba 124.135
Rio Grande do Norte 100.702
Piauí 99.655
Amazonas 92.930
Santa Catarina 91.241
Alagoas 82.775
Sergipe 75.388
Espírito Santo 73.739
Distrito Federal 73.007
Mato Grosso 63.925
Mato Grosso do Sul 47.457
Rondônia 36.046
Tocantins 32.616
Amapá 28.815
Acre 24.278
Roraima 9.640

Para que serve o Enem?

O Exame Nacional do Ensino Médio é a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil hoje. É através da nota desta prova, por exemplo, que o estudante pode conseguir uma vaga em uma instituição de ensino pública através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Tal procedimento permite que o aluno concorra a vagas em todo o país.

A nota também pode ser usada para o Programa Universidade para Todos (Prouni), e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em ambos os casos, o candidato poderá conseguir bolsas totais ou parciais em instituições de ensino privadas. Qualquer pessoa também pode usar a nota do Enem para entrar em uma instituição portuguesa que possua convênio com o Inep.

O dado do Enem de 2023 que animou o Governo Lula
Enem pode conceder vagas para várias universidades. Imagem: Wilson Dias/ Agência Brasil.

Polêmicas com a prova

Tomando como base as notas divulgadas pelo Ministério da Educação em 2023, o número de inscrições deste ano representa um aumento de 13,1% em relação aos números da edição de 2022. Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o MEC teve inúmeras dificuldades para conseguir fazer com que os alunos se inscrevessem na prova.

Em 2022, por exemplo, o número de inscritos no Enem foi o menor em 17 anos de história da prova. Alguns problemas de organização, e até mesmo algumas polêmicas envolvendo a atuação do Governo Federal no exame também podem ter contribuído para que alunos tenham se afastado da prova em questão.

Entre outros pontos, a gestão anterior tentou criar uma espécie de tribunal ideológico, para que as questões fossem previamente avaliadas pela gestão federal antes da aplicação final. O MEC recuou da ideia após repercussão negativa da notícia.

Mas alguns outros pontos acabaram passando, como a substituição de questões que tratavam de temas como a ditadura militar instaurada em 1964. A mudança irritou historiadores e boa parte dos especialistas no decorrer dos últimos anos.

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