Na última quarta-feira (11), o Nubank, a fintech mais querida do mercado brasileiro anunciou o lançamento do novo Instituto Nu. Essa é uma plataforma que tem o intuito de dar visibilidade a projetos criados por pessoas da favela e desburocratizar o acesso ao investimento privado. De acordo com a fintech, o objetivo da iniciativa é incentivar projetos das periferias brasileiras, reduzir a desigualdade e promover a inclusão financeira.
A real intenção do Nubank é atuar na educação para empregabilidade, empreendedorismo e inovação digital, e o lema da iniciativa é “pelo corre de quem sempre foi correria”. Assim, a missão do Instituto Nu é potencializar um impacto social positivo e trabalhar ao lado de criadores, empreendedores e lideranças das periferias.
Nubank cai 50%
Nos últimos dias, o Nubank tem passado por uma forte queda no valor de suas ações. Ações essas que já caíram 50% em relação ao preço que alcançou na abertura de capital. Em dezembro, o papel estreou na Bolsa de Nova York (Nyse) a US$ 9, com a fintech avaliada em US$ 41 bilhões. Na mínima desta segunda-feira, 9, foi negociada a US$ 4,35, com o banco valendo US$ 20,5 bilhões.
O Nubank surpreendeu ao entrar na Nyse valendo mais que o Itaú. Hoje, porém, vale a metade do maior banco privado brasileiro. Contudo, o Itaú não teve muita alteração em seu valor de mercado desde dezembro e vale US$ 40,6 bilhões hoje.
Com a atual queda, o Nubank não só perdeu o posto de banco mais valioso da América Latina como, no Brasil, passou a valer menos que o Santander. O banco espanhol tem valor hoje no mercado brasileiro de US$ 24 bilhões.
Na última segunda feira (9), além do novo dia de mau humor generalizado no mercado internacional, com a Nasdaq acabou caindo mais de 2% em meio a preocupações com a inflação elevada e temor de mais altas de juros nos Estados Unidos, um fator local ainda pesou para o papel do Nubank caiu mais que seus pares.
Instituto Nu
Quem assume a liderança do Instituto Nu é a CEO do Nubank Brasil, Cristina Junqueira, e a diretora global de ESG do Nubank, Christianne Canavero. Além disso, o projeto conta com parceiros que devem ajudar a concretizar o objetivo da plataforma de inovação social, como a Singuê, uma consultoria que atua no desenvolvimento de programas de diversidade, equidade e inclusão.
“O Instituto Nu chega para levar adiante nossos valores de inovar e romper o status quo. A entidade vai dar voz e espaço para o que acontece na periferia com base em nossos princípios de causar impacto na vida das pessoas”, disse Junqueira.
De acordo com o Nubank, a plataforma foi desenvolvida em parceria com lideranças de algumas favelas e periferias em sete estados brasileiros e, assim, busca desenvolver pessoas que possam transformar o futuro dessas regiões. O projeto também inclui a participação de mulheres negras, empreendedores das favelas, grupos, organizações e coletivos periféricos.