Após quatro semanas de queda, o preço da gasolina voltou a subir nos postos do país, para tristeza dos motoristas. O avanço foi bem forte e eliminou praticamente toda a redução registrada nas últimas semanas.
Essa notícia é muito ruim para os consumidores, pois os combustíveis comprometem a renda de milhares de pessoas que precisam abastecer os tanques dos seus veículos.
De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou 4% mais cara nos postos do país na semana passada. Em resumo, isso aconteceu devido à mudança na cobrança do ICMS.
Esse avanço correspondeu a 21 centavos e fez o preço médio da gasolina subir de R$ 5,21 para R$ 5,42. Embora a alta possa parecer pequena, já que foi apenas de centavos, o impacto na renda das famílias tende a ser elevado, uma vez que os motoristas não abastecem os tanques com apenas um litro de combustível.
Entenda por que a gasolina ficou mais cara
A elevação no preço da gasolina já era esperada pelos motoristas. Em síntese, isso aconteceu devido à mudança aprovada pelo Ministério da Fazenda em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis.
Até o dia 31 de maio, os estados brasileiros determinavam qual seria a alíquota do tributo que iria incidir sobre a gasolina. No entanto, desde o dia 1º de junho, o imposto passou a cobrar uma taxa única, que não é mais em percentual, mas agora é em real. A saber, o ICMS sobre a gasolina passou a corresponder a R$ 1,22 por litro do combustível.
Essa mudança na cobrança do ICMS foi muito ruim para os consumidores, pois o preço dos combustíveis ficou mais alto nas bombas da maioria dos estados brasileiros.
Inclusive, a expectativa era que o preço da gasolina só iria cair em três estados: Alagoas, Amazonas e Piauí. Isso porque a alíquota do ICMS cobrada nestes locais superava R$ 1,22 antes da mudança no imposto, ou seja, a unificação do tributo iria reduzir o valor cobrado.
Contudo, a expectativa era que o preço da gasolina voltasse a subir nas 24 UFs restantes. A atualização do levantamento da ANP, com dados sobre as unidades federativas (UFs), revelou em quais lugares os motoristas tiveram que pagar mais caro para abastecer seus veículos com gasolina na semana passada.
Semana traz PÉSSIMA NOTÍCIA para os motoristas do país que usam Gasolina. (Imagem: Pixabay).
Gasolina fica mais cara na semana
Na semana passada, o preço do combustível disparou em todas as regiões brasileiras: Sul (26 centavos), Sudeste (22 centavos), Centro-Oeste (18 centavos) Nordeste (17 centavos) e Norte (dez centavos).
Com o acréscimo desses resultados, os valores médios da gasolina, registrados nas regiões brasileiras, foram os seguintes:
- Norte: R$ 5,64;
- Sul: R$ 5,52;
- Nordeste: R$ 5,40;
- Centro-Oeste: R$ 5,37;
- Sudeste: R$ 5,33.
Além disso, o preço médio da gasolina também subiu em 22 das 27 unidades federativas (UFs). As maiores altas ocorreram em: Pernambuco (48 centavos), Sergipe (47 centavos), Rio Grande do Sul (37 centavos), Amapá (32 centavos) e Espírito Santo (31 centavos).
Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:
- Acre: R$ 6,08;
- Amazonas: R$ 6,00;
- Rondônia: R$ 5,97;
- Roraima: R$ 5,79;
- Rio Grande do Norte: R$ 5,64;
- Tocantins: R$ 5,60;
- Espírito Santo: R$ 5,59.
Em síntese, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.
Petrobras vai reduzir preço dos combustíveis?
Em meados de maio, a Petrobras reduziu em 12,6% o preço da gasolina vendida para as distribuidoras. Além disso, a companhia também reduziu em 12,8% o valor do diesel e em 21,3% o preço do gás de cozinha.
Tudo isso aconteceu graças à extinção da política de preço de paridade de importação (PPI), que se baseava nas variações do petróleo e do dólar para definir os reajustes nos preços dos combustíveis.
A Petrobras agora possui uma política que também considera fatores internos, minimizando a alta volatilidade dos preços. Aliás, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em maio que a Petrobras poderia reduzir novamente os preços dos combustíveis em julho.
Cabe salientar que, segundo cálculos de analistas, os motoristas do país só não deverão sentir a alta nos preços da gasolina se a Petrobras promover mais um reajuste. Em suma, a estatal precisa reduzir em 14% o valor da gasolina para que a alta do ICMS não pese no bolso dos motoristas. Resta saber se isso realmente acontecerá.