O Ministério da Economia enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária da União (PLOA). No documento, a equipe prevê que a inflação será de 6,2% este ano. Entretanto, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação pode chegar a 8,4% impulsionando a atualização do PLOA.
Neste sentido, com a nova alta da inflação o salário mínimo deve ser novamente redefinido. Considerando o índice previsto pelo INPC, o piso nacional do próximo ano pode ficar em R$ 1.192,40, um acréscimo de R$ 92,40 comparando ao atual salário mínimo (R$ 1.100).
Além disso, se a inflação terminar de fato em 8,4%, a nova correção do salário mínimo será R$ 23,40 maior com relação à previsão do piso nacional do Governo Federal, enviada ao Congresso por meio do Projeto de Lei.
Impacto nos benefícios do INSS
A porcentagem que será aplicada sobre as aposentadorias será confirmada apenas em janeiro do próximo ano, uma vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar o percentual médio inflacionário obtido ao longo de 2021.
Na previsão atual, o valor das aposentadorias e demais abonos que pagam até um salário mínimo é de R$ 1.169, conforme o texto enviado pelo Governo Federal. Todavia, aqueles que recebem um valor superior ao piso nacional, como o teto do INSS, terá como base o próprio INPC para a definição.
Neste caso, ao utilizar a base prevista no PLOA com o índice da inflação em 6,2%, o teto do INSS no ano que vem deve ser reajustado de R$ 6.433,57 para R$ 6.832,45. Posto isto, caso de fato o INPC seja encerrado na nova alta equivalente a 8,4%, o teto do INSS poderá ultrapassar R$ 6.973 em 2022.