NADA de popular! Carros ficam mais CAROS com o fim do programa do governo

Os automóveis novos podem ser mais difíceis de adquirir agora

O Governo Federal encerrou o programa de incentivo a aquisição de carros populares. Mas, contrariando as expectativas dos consumidores, os preços dos veículos não retornaram aos valores anteriores.

Após o término do projeto, as montadoras revisaram suas tabelas de preços, resultando em um aumento nos valores dos carros. Isso, se comparado ao período anterior aos descontos. Esses aumentos foram confirmados por pelo menos cinco fabricantes apenas cerca de 15 dias após o fim do programa de incentivos.

Programa de incentivo para compra de carros populares estabelecia regras para aquisição e descontos

Durante o projeto, cerca de 125 mil carros foram contemplados com descontos variando entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, além de bônus oferecidos pelas próprias montadoras. Para estabelecer os descontos, o governo considerou três critérios:

  • Preço inicial.
  • Eficiência energética (medida pela emissão de poluentes).
  • Densidade industrial (volume de peças produzidas no Brasil).

Novos preços dos automóveis

Agora, de acordo com as novas tabelas divulgadas pelas fabricantes, os aumentos chegam a até R$ 10 mil em alguns modelos. Vejamos os novos preços de algumas marcas:

Volkswagen

Saveiro e Virtus mantiveram seus preços inalterados. Porém, houve reajuste nos modelos Polo e T-Cross Sense, que foram muito populares durante o programa de descontos. O maior aumento ocorreu no Polo TSI, com um acréscimo de R$ 3 mil em seu valor.

Fiat

A Fiat manteve os preços de boa parte de seus modelos inalterados, como Argo, Cronos, Pulse, Strada e Fastback. Porém, as duas versões do Mobi tiveram acréscimos discretos de até R$ 1 mil.

Peugeot

A fabricante francesa aumentou os preços do 208 e do 2008, seus dois modelos mais vendidos. O acréscimo chegou a R$ 10 mil no hatch compacto, que foi lançado na linha 2024. Já o SUV compacto teve um aumento de até R$ 7 mil.

Jeep

A Jeep, que concedeu bônus extra para entrar no programa de carros populares, elevou o preço do Jeep em R$ 2 mil em relação ao valor anterior aos descontos.

Chevrolet

Modelos populares como Chevrolet Onix, Onix Plus e Spin tiveram seus valores reajustados pelo grupo General Motors, com acréscimos de até R$ 1 mil. A Montana com câmbio manual, no entanto, teve um aumento de R$ 3.100.

Assim, fica evidente que os consumidores enfrentarão um mercado de automóveis ainda mais caro após o término do programa de incentivo do Governo Federal.

NADA de popular! Carros ficam mais CAROS com o fim do programa do governo
Os automóveis novos podem ser mais difíceis de adquirir agora – Imagem: Carrera Acelera Veículos

Em compensação, carros seminovos ainda estão compensando

O programa que concedeu descontos de até R$ 120 mil em veículos novos também beneficiou os motoristas que buscavam carros seminovos, com até três anos de uso.

Em junho, enquanto os carros novos tiveram uma redução de 2,76% nos preços com os incentivos do governo, os veículos usados tiveram uma queda de 0,93%. Essa baixa nos carros zero-quilômetro foi o fator que mais impactou na deflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A inflação reflete nos preços do mercado de usados, mas a redução foi menor em comparação com os veículos novos. Houve uma redução nos preços dos seminovos, especialmente nos modelos que competiam com os carros zero-quilômetro beneficiados pelo programa do governo.

Enilson Sales, presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), destaca que a tendência de queda nos preços dos seminovos já vinha ocorrendo desde fevereiro. Assim, o programa do governo intensificou essa tendência, afetando os carros do mesmo segmento contemplados pelo programa.

Ao comparar os anúncios de três dos modelos líderes em desconto, Renault Kwid, Fiat Argo e Fiat Mobi, a diferença é mais evidente. Os modelos novos desses carros apresentaram reduções significativas com os estímulos do governo em junho.

No caso dos modelos usados, o presidente da Fenauto explica que o segmento tem menor sensibilidade aos preços. Portanto, não refletiu os incentivos do governo. O mercado de veículos mais antigos, com mais de 13 anos de fabricação, praticamente não foi afetado em preço ou volume de vendas.

No entanto, a previsão é de que o mercado de seminovos e usados ainda pode sentir a redução de preços, dependendo das características dos veículos e das particularidades regionais. Ele acredita que esse segmento pode se aquecer nos próximos meses, com consumidores considerando a compra de veículos mais novos.

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