Martelo batido, CADÚNICO de LULA pega brasileiros de surpresa HOJE (22/04)
O Cadúnico é uma espécie de lista do Governo Federal que reúne os nomes das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. Quem faz parte do cadastro tem mais chances de fazer parte de programas sociais como Bolsa Família e Vale-gás, por exemplo. O que pouca gente sabe é que em breve a lista de benefícios para este público vai aumentar.
Ao menos foi o que disse o Ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB). Em entrevista ao jornal O Globo publicada, o chefe da pasta revelou que o Voa, Brasil vai atender servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS, estudantes com Fies e cidadãos que fazem parte do Cadúnico.
Caso a proposta se confirme, as pessoas que estão no sistema do Cadastro Único também terão o direito de comprar uma passagem de avião para qualquer lugar do país a um preço de R$ 200. O valor compreende basicamente um terço do valor base mensal do Bolsa Família, que faz pagamentos mínimos de R$ 600 por mês.
Assim como os demais grupos beneficiários, os cidadãos que fazem parte do Cadúnico terão que realizar um cadastro nos sites das companhias para que se tornem elegíveis ao programa. A expectativa é que a abertura das inscrições seja feita já no próximo mês de agosto.
Novidade no Cadúnico
O Voa, Brasil está prestes a decolar. Foi o que deu a entender o Ministro na entrevista ao jornal O Globo. Entre outros pontos, França confirmou que já conversou com as principais companhias aéreas do país, e que todas elas já confirmaram o interesse em participar do processo.
O Ministro voltou a confirmar que o Governo Federal não vai pagar nenhum tipo de subsídio para que o projeto entre em cena.
“Temos 90 milhões de passagens por ano, uma das maiores (emissões) do mundo, mas só 10% dos CPFs voam. Vamos ajudar a resolver o problema no segundo semestre, com o programa de R$ 200 o trecho, ocupando a ociosidade (das aeronaves). Podemos ter 5 milhões de CPFs novos voando”, afirmou França.
“O presidente Lula anunciará o pacote, que é mais um arranjo de oportunidades das empresas privadas do que um programa público. E é sem subsídio. Em agosto vamos iniciar com as três (companhias). Já acertamos com elas, agora faltam as concessionárias de aeroportos”, seguiu o Ministro na entrevista.
Polêmica deu o que falar
Antes mesmo do lançamento do programa, o Ministro precisou arremeter da sua tentativa de liberar o Voa, Brasil. Em março, ele disse que lançaria a proposta, mas acabou sendo criticado publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião ministerial.
“A gente também não pode correr o risco de anunciar coisa que não vai acontecer. Então a minha sugestão, para que as coisas fiquem bastante corretas, coesas e harmônicas, é que ninguém anuncie nada, absolutamente nada que seja novo sem passar pela Casa Civil”, disse Lula sem citar o nome de França.
Em entrevista, o Ministro de Portos e Aeroportos confirmou que a “bronca” foi direcionada a ele.