Um levantamento realizado pelo Pravaler, maior plataforma de soluções financeiras para educação, mostrou que, em 2020, 28% dos fiadores indicados pelos alunos no contrato do financiamento estudantil eram as mães, seguido dos pais (24%) e cônjuges (12%).
Além disso, 85% são viúvas e 75% divorciadas, o que ajuda a reforçar que as mães não são apenas as mais preocupadas com os estudos dos filhos, mas as que mais incentivam e acreditam em suas carreiras.
Outro dado identificado pela fintech, é que 69% dos estudantes moram com o fiador, o que ajuda a reforçar a alta demanda enfrentada pelas mães durante o isolamento social por conta da pandemia de Covid-19.
Um exemplo disso é a estudante do Pravaler Luana Ferreira Farias, de 35 anos, que apesar de não morar com a mãe, sua fiadora, está no 9º semestre de psicologia, na Estácio de Sá e atualmente vive o desafio de conciliar os cuidados com o pequeno José Pietro (2), a casa, o trabalho e os estudos, mas conta que a situação já foi mais complicada, quando precisou trancar a matrícula algumas vezes por conta de dificuldades financeiras.
“Antes de casar eu cheguei a prestar vestibular, mas a mensalidade era muito cara e meu pai não tinha como pagar. Entrei na faculdade para estudar pela primeira vez com 25 anos, mas acabei trancando a matrícula várias vezes por conta da dificuldade de pagar. Porém, o que a minha mãe sempre falava sobre a importância de estudar para ter um bom emprego e ser independente nunca saiu da minha cabeça e é algo que vou passar para o meu filho. Além do incentivo, ela é a grande responsável por eu ter conseguido financiar meus estudos”, explica.
Maria Regina Alves Ferreira, 68 anos, mãe da Luana e da Daiana (36), é viúva há 4 anos e conta com a renda obtida pelo seu trabalho como costureira autônoma desde os 13 anos de idade e atualmente com a pensão do marido José Alves Farias. A costureira, que também trabalhou como professora em uma escola no interior do Ceará, acredita que a educação vem sempre em primeiro lugar e por isso sempre incentivou que suas filhas estudassem.
“Depois de Deus e da saúde, a educação está em primeiro lugar, pois é o que dá a oportunidade de conseguir um emprego. Como eu não tive condições, sempre incentivei e fiz o que pude para que minhas filhas conseguissem se manter”, finaliza.
Luana tem vencido os desafios, principalmente em um período tão delicado que o país tem passado.
“É uma história de muitas reviravoltas e vontade de desistir inúmeras vezes, mas finalmente estou chegando ao fim da faculdade e mais próxima da tão sonhada colação de grau. Sem o apoio da minha mãe e os recursos do Pravaler este sonho estaria bem longe de se realizar”, conclui.
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