Dia das mães: veja desafios delas no mercado de trabalho; pesquisa REVELADORA

Uma recente pesquisa divulgada pela Catho revelou que 92% das mulheres que estão trabalhando no modelo home office são mães. A maioria delas são também responsáveis pelos filhos.

Ao todo foram entrevistados 6 mil profissionais e a pesquisa foi realizada na segunda quinzena de abril. Todos os entrevistados tinham filhos, 15,5% estavam trabalhando em regime home-office e outros 71% se deslocando para o local de trabalho.

Veja outras informações importantes que a pesquisa revelou abaixo. E, depois da leitura, não esqueça de avaliar o artigo (ao final do texto, parte direita da tela). Ah, tem um espaço para comentários no final do texto.

Número de mães solo é significativo

A pesquisa ainda identificou que a maioria das mulheres que são mães precisam deixar seus filhos com outras pessoas, se não o pai, quando trabalham fora. Veja os resultados abaixo:

Resultado das mães que trabalham presencialmente:

  • 69% deixam seus filhos com outras pessoas
  • 19% com os pais
  • 12% em uma escola ou creche

Resultado dos pais que trabalham presencialmente:

  • 58% deixam os filhos com as mães;
  • 36% com outras pessoas;
  • 6% em uma escola ou creche;

Para Regina Botter, diretora de Operações da Catho, os números são resultados da conjuntura do Brasil. “O número de mães solo no país chega a mais de 11 milhões. São mulheres provedoras do lar que estão sentindo as dificuldades relativas ao cuidado e a sobrecarga de tarefas potencializadas pela pandemia”, disse em entrevista ao G1.

“Os dados mostram que tanto no home office, quanto trabalhando fora, a mulher acaba sempre sendo a maior responsável pelo cuidado dos filhos. Lembrando que quando pais ou mães deixam os filhos com terceiros, geralmente são com avós ou tias. Ou seja, outras mães”, completou.

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Um terço cuida dos filhos sozinha

A pesquisa ainda indicou que um terço das mulheres entrevistadas cuidam dos seus filhos sozinhas. E concluiu que são mães chefes de família que precisam lidar com as contas, o cuidado dos filhos, a falta de dinheiro e ainda lidar com a pressão psicológica imposta pela pandemia.

“Com a pandemia e as incertezas no ambiente profissional, com certeza, as mães são as que mais estão sofrendo”, analisa Regina.

“Além da enorme quantidade de mulheres que perderam o trabalho, tem também as que precisaram pedir demissão, pois não tinham com quem deixar os filhos e as que entraram em regime de home office e precisaram conciliar os afazeres profissionais com as tarefas domésticas e o cuidado das crianças, que durante a pandemia, estão em casa durante todo o dia”, esclarece a diretora de Operações da Catho.

Mães na área da saúde se afastam dos filhos

Além de lidar com cenário de mortes constantes com a pandemia, muitas mães (40% das entrevistadas que trabalhas na área da saúde) decidiram se afastar dos filhos por conta do risco de contaminação com a Covid-19.

“Muitas vezes, uma profissional de saúde passa 12 horas em um plantão e mais de uma ou duas horas no deslocamento até em casa, tendo apenas um terço do dia para conviver com o seu filho. E é nesse momento que os amigos e familiares precisam se fazer presentes e formar a tão famosa rede de apoio” diz.
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