Machado de Assis: conheça os principais livros desse autor

Machado de Assis foi um dos maiores escritores brasileiros

Joaquim Maria Machado de Assis viveu entre os anos de 1839 e 1908 e é considerado um dos maiores escritores da literatura do Brasil de todos os tempos.

As obras de Machado de Assis são cobradas com muita frequência por questões de literatura dentro das principais provas do país, como os vestibulares e a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Alguns de seus principais romances também fazem parte da listas de leituras obrigatórias dos vestibulares.

Dessa maneira, para que você garanta um bom desempenho nas suas provas, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo aquilo que você precisa saber sobre as principais obras de Machado de Assis. Vamos conferir!

Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)

Memórias Póstumas de Brás Cubas é a obra-prima de Machado de Assis, além de ser o romance que inaugura o movimento realista brasileiro.

O narrador do romance é Brás Cubas, personagem que narra a sua história de maneira póstuma, ou seja, após sua morte. Brás Cubas é um homem rico que, ao narrar suas memórias póstumas, ele reflete sobre sua vida, suas escolhas e suas relações pessoais. O livro é dividido em 160 capítulos e apresenta um estilo literário peculiar, com digressões filosóficas e comentários sociais. O romance é uma crítica da sociedade brasileira do século XIX e uma reflexão sobre a condição humana.

Quincas Borba (1891)

O romance Quincas Borba foi escrito por Joaquim Maria Machado de Assis. A obra faz parte da denominada “trilogia realista” do autor, ao lado de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro.

O protagonista da obra é Rubião, amigo e enfermeiro de Quincas Borba, um um filósofo cuja morte é retratada logo no início do romance. Com o evento, as propriedade de Quincas passam a ser de Rubião.

Um dia, Rubião decide se mudar para a cidade do Rio de Janeiro. No trem que conduz ao local, o enfermeiro conhece o casal Cristiano e Sofia Palha.  Os dois se mostram muito amigáveis com Rubião, que conta sobre a herança recebida. A partir desse momento, o casal decide se aproveitar de Rubião para explorar a sua fortuna.

O livro possui um narrador em terceira pessoa, que não participa da narrativa, mas que é onisciente, uma vez que conhece todos os sentimentos dos personagens.

Os personagens DE Sofia e Cristiano são usados pelo autor para criticar o culto das aparências e o oportunismo, características presentes na sociedade brasileira do século XIX.

Dom Casmurro (1899)

Dom Casmurro é um romance que narra a história dos protagonistas Capitu, Bentinho e Escobar. A partir de certo momento, porém, Bentinho começa a pensar que Capitu o teria traído com o amigo e passa a desenvolver uma paranoia sobre o ocorrido. Assim, um debate surge entre os leitores: será que Capitu traiu Bentinho? 

Diversas características típicas da literatura de Machado de Assis estão presentes em Dom Casmurro, como a crítica à sociedade brasileira do século XIX: ao inserir a paranoia de Bentinho sobre a traição de Capitu, o escritor critica todo um comportamento social de sua época. Machado de Assis faz uma reflexão sobre a moral e os valores da sociedade do período em que ele mesmo escrevia. 

Por fim, podemos mencionar também a presença da ironia, típica das obras machadianas, e da metalinguagem, uma vez que o romance dialoga com o leitor, comentando sobre a narrativa. 

Esaú e Jacó (1904)

O livro Esaú e Jacó foi publicado no ano de 1904 e foi a penúltima obra escrita por Machado de Assis. 

O enredo de Esaú e Jacó narra a história dos gêmeos Pedro e Paulo, inimigos desde a época em que ainda estavam no ventre de sua mãe, Natividade. A mãe dos gêmeos vivia em um constante estado de perturbação devido aos conflitos entre os seus dois filhos. Quando os gêmeos cresceram, eles se mostraram totalmente opostos em todos os aspectos, até mesmo o político: Paulo era republicano e Pedro era monarquista.

Um dos principais aspectos de Esaú e Jacó é o uso por parte do autor de um jogo de opostos para representar o contexto histórico da época. Podemos dizer que cada um dos irmãos representa a monarquia e o outro a república e que a Flora, amada pelos dois, seria a representação do Brasil.

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