Língua Portuguesa: Abreviações, siglas, acrônimos e símbolos

A língua portuguesa é um tesouro linguístico que abrange uma vasta gama de recursos, desde a riqueza vocabular até a complexidade gramatical. Entre esses recursos, encontramos as abreviações, siglas, acrônimos e símbolos, elementos essenciais para a comunicação eficiente e concisa em diversos contextos. 

Abreviações

As abreviações são formas reduzidas de palavras, usadas para encurtar a escrita e facilitar a leitura. A sua formação pode se dar por meio da supressão de letras, como “sábado” sendo abreviado para “sab.”, ou pela combinação de letras iniciais e finais, como “etc.” para “et cetera”. As abreviações estão comumente presentes em textos informais, notas e mensagens rápidas. No entanto, devemos ter cautela ao empregá-las em contextos formais, como documentos oficiais ou acadêmicos.

Em alguns contextos, como em mensagens de texto, tweets ou títulos, o falante/escritor se vê diante da necessidade de uma quantidade limitada de caracteres. Nesses casos, o uso adequado de abreviações e siglas pode ajudar a economizar espaço sem comprometer a clareza da mensagem.

Exemplo de abreviação. Imagem: Infopedia/ Reprodução
Exemplo de abreviação. Imagem: Infopedia/ Reprodução

Siglas e acrônimos

A formação das siglas se dá pela junção das letras iniciais de uma expressão, sendo pronunciadas como uma palavra completa. Nesse sentido, muitas vezes usamos siglas para representar organizações, instituições, termos técnicos, entre outros. Por exemplo, a sigla “ONU” refere-se à Organização das Nações Unidas. É importante destacar que as siglas devem ser escritas em letras maiúsculas e, quando mencionadas pela primeira vez em um texto, devem ser precedidas pelo seu nome completo, seguido pela sigla entre parênteses. Isso ajuda a garantir a clareza e compreensão por parte do leitor.

Os acrônimos, por sua vez, são semelhantes às siglas, mas diferem no modo de pronúncia. A leitura da sigla pode ser feita como acontecem em palavras completas ou letra por letra, como acontece em IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já a leitura dos acrônimos se dá como única palavra. Um exemplo comum de acrônimo é “UNESCO”, que representa a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Nesse sentido, UNESCO e ACNUR são acrônimos, ao passo que IBGE e CNPJ não o são.

Assim como as siglas, os acrônimos devem ser escritos em letras maiúsculas e, ao serem mencionados pela primeira vez, é recomendado que sejam acompanhados de sua descrição completa.

Outros elementos 

Além das abreviações, siglas e acrônimos, a língua portuguesa também faz uso de símbolos especiais, que possuem significados específicos. Os símbolos matemáticos, como “+” para adição e “?” para maior ou igual, permitem uma representação concisa de conceitos matemáticos. Já os símbolos monetários, como o cifrão “$” para dólar e o euro “€”,  indicam moedas em valores monetários. Os símbolos fonéticos, como “?” para a fricativa alveolar vibrante simples, são empregados na transcrição fonética para representar sons específicos da fala.

No entanto, é importante lembrar que o uso adequado de abreviações, siglas, acrônimos e símbolos requer atenção e contexto. Em textos formais, como artigos acadêmicos, é necessário definir esses elementos na primeira ocorrência e usá-los de forma consistente ao longo do texto. Em situações informais, como mensagens de texto ou redes sociais, o uso de abreviações e emojis  é totalmente aceito. Contudo, o emissor deve ter cuidado no uso desses elementos para garantir que o receptor compreenda a mensagem.

Nesse sentido, é válido ressaltar também que o uso excessivo de abreviações e siglas pode prejudicar a clareza e a comunicação efetiva. Portanto, devemos usar esses elementos de forma moderada, em situações em que a economia de espaço ou tempo se faça necessária. É fundamental considerar o público-alvo e o contexto de uso a fim de evitar confusões e mal-entendidos.

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