O mês de outubro marcou um leve recuo no juros do cheque especial, que despencou para 128% ao ano. Já o crédito rotativo fechou em 344%, com o reforço dos analistas financeiros de que estas taxas referenciais vão voltar a subir devido ao aumento da Selic.
O recuo do cheque especial no mês de outubro foi leve, recuando dos 129,6% do mês de setembro para o atual 128,8% que foi registrado em outubro. Esse valor é maior que a taxa de 112,3% ao ano que foi registrada no mesmo mês no ano passado.
Os números foram divulgados pela Nota Monetária de Crédito, divulgado na última sexta-feira (26) pelo Banco Central do Brasil. Ficou estabelecido em 2020 que a modalidade não pode ultrapassar o teto de 8% mensal, que equivale a 151,8%, como foi estipulado pelo Banco Central.
Juro médio do cartão de crédito rotativo voltou a subir
No mesmo período, o juro médio para o cartão de crédito rotativo subiu pelo quarto mês consecutivo. Essa taxa passou de 339,5% ao ano que foi registrada em setembro para o último índice de outubro, que fechou em 343,6%.
Essa modalidade é a mais cara do mercado de crédito, onde o rotativo é estabelecido quando o cliente não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento, o que mostra mais uma vez que é extrema importância quitar sempre todo o valor gasto no cartão de crédito.
Com o último avanço da taxa básica de juros, que definiu a Selic a 7,75% ao ano, a tendência é de que as taxas de ambas as modalidades devam subir mais nos próximos meses.
Dados da taxa de crédito consignado
Uma alternativa para solicitar empréstimo pelo cheque especial ou cartão de crédito, está em apostar na taxa de crédito consignado, que avançou levemente para 19,7% ao ano em outubro, ante os 19% anuais que haviam sido registrados no mês de setembro.
Por haver desconto na folha de pagamento do funcionário ou aposentado, o crédito consignado é considerado a opção de empréstimo mais barata do mercado, por oferecer um menor risco de inadimplência.
Veja como não entrar no juros do cheque especial
Se você não sabe do que se trata realmente o cheque especial, ele se trata de um cheque que emite uma ordem de pagamento à vista, em que você autoriza a instituição financeira a realizar o débito do valor na sua conta para algum tipo de pagamento.
Porém, por ser uma possibilidade real de endividamento, o recomendado é só utilizar em casos de emergência, pois como o próprio nome indica, ele deve ser usado somente em casos de compras recorrentes, não de utilidade contínua.
Desde abril de 2020, os bancos ficaram autorizados a cobrar uma taxa mensal do juros de cheque especial de até 8%, o que ao longo do ano significa uma cobrança de 152%. O valor médio até diminuiu, que antes era de 300% ao ano, mas mesmo assim não é recomendável.