Na última sexta-feira, 03 de maio, ocorreu o lançamento do programa Jovem Cientista da Pesca Artesanal. O evento foi no Palácio de Karnak, em Teresina/PI com a presença de diferentes representantes do Poder Público.
Dentre eles estavam, por exemplo:
- Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula;
- Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e
- Governador do Piauí, Rafael Fonteles.
Os representantes, então, explicaram sobre o novo programa. Trata-se de uma iniciativa que irá atender jovens que praticam a pesca artesanal e que ainda têm matrícula ativa no ensino médio da rede pública.
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Assim, os estudantes poderão pesquisar e estudar as diversas realidades deste contexto. Além disso, a medida possui o objetivo de evitar a evasão escolar.
Representantes comentam sobre Jovem Cientista
Primeiramente, o ministro Wellington Dias destacou a importância de atualizar os conhecimentos sobre a área. Nesse sentido, o Jovem Cientista da Pesca Artesanal seria importante para renovar a relação com as novas gerações.
“Sou do tempo em que se trabalhava a agriculta da forma mais primitiva. E o que aconteceu? Vieram as apostas nas modificações do tempo, as novas tecnologias. É assim do mesmo jeito com a pesca. É preciso acompanhar os avanços para que se evite a evasão”, declarou.
Ademais, outros ponto importante, de acordo com o ministro da Pesca e Aquicultura, André se Paula, é a inclusão social. Desse modo, o programa teria a função de garantir direitos para esta população.
“Esse é um dos momentos em que valem muito a pena, porque a gente trabalha para incluir quem precisa ser incluído, dar visibilidade aos invisíveis, sempre na perspectiva de garantir segurança alimentar e combater a fome que são nossas prioridades. Essa é a missão de todos nós”, defendeu.
O governador do Piauí, por sua vez, explicou como o desenvolvimento do país se dá a partir de iniciativas como esta. Isto é, que investem na educação e no avanço tecnológico.
“Esse programa intersetorial é um olhar do Governo Federal para quem pensa no desenvolvimento do país a partir da perspectiva do crescimento, que as pessoas melhorem a renda”, explicou.
Além disso, pesquisadores também falaram sobre a medida.
Programa é importante para a pesquisa
No evento de 03 de maio ainda estavam pesquisadores. Dentre eles, o presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Ricardo Galvão.
Este indica, então, que o programa com foco na pesquisa poderá demonstrar a forma mais adequada de se atuar na pesca artesanal.
“Programas como este estimulam jovens a não praticarem a pesca predatória. Precisamos da ciência”, declarou.
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Em conjunto, o secretário nacional da Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho, defendeu como o uso da pesquisa irá unir conhecimentos importantes.
Isto é, já que a medida conta com um “conjunto de ações transversais, no sentido de se buscar a inclusão produtiva e garantir segurança alimentar, através da geração de renda e fortalecimento da atividade da pesca artesanal, num apoio à juventude, aliando o conhecimento tradicional com o conhecimento científico”.
Como funcionará o Jovem Cientista?
O novo programa Jovem Cientista da Pesca Artesanal é uma forma para que os estudantes do ensino médio não deixem a escola. Desse modo, poderão continuar estudando ao mesmo tempo que constroem o conhecimento sobre pesca e agricultura familiar.
Trata-se, então, de um Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (PIBIC Jr.). O público da medida inclui jovens que:
- Estão na pesca artesanal, o que inclui aqueles de povos indígenas, de comunidades rurais e urbanas, quilombolas, pretas e pretos;
- Possuem matrícula regular no ensino médio da rede pública.
Dessa forma, o objetivo é incentivar que estes jovens desenvolvam seus talentos em diferentes vertentes do conhecimento científico. Para tanto, ocorrerá a concessão de bolsas para os participantes.
Esta bolsa terá a duração de um ano, com a possibilidade de renovação. Contudo, para renovar a bolsa, o estudante passará por avaliações através de relatórios e análise do desempenho escolar a partir do histórico.
A expectativa é que o governo conceda por volta de mil bolsas, com o investimento total de R$ 4 milhões. A distribuição deste incentivo ocorrerá de forma proporcional a cada região brasileira, considerando o número de pescadores artesanais com registro (RGP) por unidade federativa.
Órgãos atuarão em conjunto
Por fim, é importante lembrar que, durante o lançamento do programa, ocorreu a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica. Isso significa, portanto, que haverá o trabalho em conjunto dos seguintes órgãos:
- Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS);
- Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).
Assim, será possível integrar “esforços, recursos, experiência do corpo técnico e especialização de cada um em suas áreas específicas”, conforme indica o Governo Federal.
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Com esta integração, as pastas atuarão de maneira articulada para promover:
- Inclusão socioeconômica;
- Segurança alimentar e nutricional da cadeia produtiva da pesca e da aquicultura.
Para tanto, será importante integrar a ação com o programa Acredita, ou seja, que concede linhas de crédito para inscritos no Cadastro Único.
Como será a escolha dos bolsistas?
De acordo com a Secretaria Nacional de Pesca Artesanal do MPA, a escolha dos bolsistas do Jovem Cientista da Pesca Artesanal será da seguinte forma:
- Primeiramente, as inscrições e forma de seleção serão de acordo com o edital de cada FAP (Fundações Estaduais de Apoio à Pesquisa), respeitando as especificidades de cada comunidade;
- Então, o professor inscrito poderá solicitar quatro bolsas para os estudantes que atuarão em um de seus projetos;
- O Projeto Mãe do docente/orientador bem como os planos de trabalho e de pesquisa dos bolsistas passarão por avaliações;
- Os planos dos bolsistas devem ser diferentes, além de serem um desdobramento de temas do Projeto Mãe;
- Os estudantes devem ser filhas ou filhos de pescadores artesanais e/ou jovens que já pescam de maneira artesanal.
A ação acontecerá em parceira com doze Fundações Estaduais de Apoio à Pesquisa, que são:
- FACEPE;
- FAPAC;
- FAPEAL;
- FAPEAM;
- FAPEG;
- FAPEPI-PI;
- FAPERO;
- FAPESB;
- FAPESPA;
- FAPESQ/SECTIES-PB;
- FAPITEC;
- FUNCAP-CE.
Desse modo, os professores e estudantes devem se atentar aos editais que estas irão publicar.