O diretor médico e consultor científico chefe do Departamento de Saúde e Assistência Social da Inglaterra, Chris Whitty, disse considerar a vacinação das crianças antes do retorno às escolas de modo presencial.
Todavia, ele salientou que a prioridade atual é a vacinação de todos os adultos até o dia 19 de julho, quando as restrições impostas pelo governo por conta do novo coronavírus deverão ser suspensas.
O diretor médico também relatou que os funcionários do Comitê Conjunto de vacinação e Imunização estão analisando as possibilidades dos jovens receberem a vacina antes de retornarem às aulas presencial, após mais de um ano de pandemia, causando severos danos na educação do país.
“Nós sabemos que os riscos em termos de doenças físicas para crianças, exceto algumas com problemas pré-existentes significativos ou saúde física, são muito menores do que para adultos. Portanto, você não gostaria de vacinar a menos que a vacina seja muito segura, e as vacinas agora estão sendo licenciadas em alguns países e estamos acumulando dados sobre a segurança dessas vacinas em crianças”, disse Whitty.
Receio de doenças graves e interrupções nos estudos
Ele também afirmou que há duas razões possíveis para vacinar crianças da Inglaterra: uma delas é o fato de estarem sob risco de doenças graves e a outra é para evitar mais interrupções em seus estudos e rotina escolar.
Segundo o médico: “O primeiro são aqueles grupos que realmente estão sob alto risco de covid, e acho que as autoridades apresentarão conselhos sobre isso. Essas crianças devem ser vacinadas especificamente para reduzir o risco de terem uma doença grave. É muito pequeno o número de casos, mas acontecem mortalidades. Mas a questão mais ampla gira em torno do efeito sobre a educação das crianças. As múltiplas interrupções que podem acontecer terão um impacto muito negativo em suas chances de vida, incluindo o efeito que terá sobre o risco de doenças físicas e mentais a longo prazo”.
As afirmações do médico foram feitas depois que Kevin Courtney, secretário-geral adjunto da União Nacional de Educação, pediu que todas as crianças fossem totalmente vacinadas antes de voltar às aulas em setembro.
Segundo ele, caso o Governo decida avançar com a vacina para os alunos, o processo deve acontecer “o mais rapidamente possível”.
Os ministros estão aguardando o parecer do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) para finalmente tomarem uma decisão.
Kevin descreveu o aumento do número de coronavírus nas escolas da Inglaterra como um “grande problema” que pode causar interrupções na educação.
E então, gostou da matéria? Não deixe de ler também – MT: Cuiabá tem baixa procura pela vacinação por profissionais da educação.