Inflação aumenta e PIB diminui
Pra quem esperava a recuperação da economia rapidamente, as notícias podem não ser boas, principalmente quanto a inflação 2021 – entenda o que ela é.
O mercado financeiro aumentou de 10,12% para 10,15%. a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país. Há um mês a previsão era de 8%
Em outras palavras, os produtos vão continuar subindo e ficando mais caros, já a economia do Brasil deve crescer menos do que era esperado inicialmente.
Os resultados foram estimativas do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central (BC).
Os dados para inflação chamam atenção, pela 29ª vez seguida há alta na perspectiva de inflação em 2021.
Os valores para 2022 e 2023 também foram corrigidos. Confira abaixo:
- Previsão inflação 2021: 10,12% para 10,15%
- Previsão da inflação 2022: 4,96% para 5%
Valor está acima da meta da inflação 2021
O valor de 10,12% previsto para inflação de 2021 é mais que o dobro da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional – um total de 3,75%. O valor não consegue alcançar sequer a tolerância da margem que é estipulada em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, com a margem a inflação poderia ficar em 2,25% ou 5,25%.
Desta forma, se a inflação de 2021 estimada pelo boletim Focus se concretizar, o presidente do Banco Central deverá fazer uma carta aberta para explicar a situação.
A inflação 2021 não é apenas um indicador econômico, mas afeta o dia a dia da população que deve conviver com a alta dos preços, enquanto o salário não aumenta, reduzindo assim o poder de compra final.
PIB
Como já dito, enquanto a inflação 2021 deve aumentar, o Produto Interno Bruto (PIB) teve ainda sua estimativa diminuída e passou de 4,80% para 4,78% em 2021. Os valores tiveram uma pequena oscilação.
O PIB é importante indicador e serve como um indicativo para retomada da economia. Ele mede, por exemplo, a produção de bens e serviços produzidos no país.
Com queda histórica de 4,1% em 2020, o PIB do Brasil saiu do ranking das 10 maiores economias do mundo.
Neste cenário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a admitir que os “barulhos políticos” atrapalham o cenário, ele também revelou o que achou sobre algumas das recentes falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Na ocasião, mesmo diante do cenário atual, o ministro continuou apostando na “retomada da economia em V”.
Juros
Neste cenário, a alta dos juros também é uma realidade com previsão de atingir 9,25% ao ano ao final de 2021. Já para o ano que vem, a taxa Selic deve ser ainda maior com valores de 11% para 11,25% ao ano. A taxa foi fortemente influenciada por declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que declarou que o pedido de “licença” para furar o teto de gastos poderia ser realizado. Na mesma semana, o dólar subiu e a bolsa caiu.
Além disso, a Selic é uma das ferramentas usadas para tentar controlar a inflação.