A inflação no Brasil continua a preocupar mais a cada dia que passa. No mês de agosto com a alta do preço dos combustíveis, a inflação fechou o mês em um aumento de 0,87%, sendo que nos últimos 12 meses o IPCA já atingiu 9,68%. E a inflação do último mês foi a maior registrada no período desde 2000.
O indicador mostra que a inflação nos até 8 meses deste ano acumulada é de 5,67%, já superando os 4,52% que fechou em 2020, o que mostra que muito dificilmente iremos fechar abaixo do índice no último ano, a não ser que comece a acontecer uma deflação, que é algo pouco provável para o restante do ano.
Grupos que mais contribuíram para a alta da inflação
Nove grupos que incluem serviços foram pesquisados pelo Instituto, sendo que oito deles apresentaram quedas em agosto. O destaque foi para os transportes, que registraram alta de 1,46%, puxado pelo aumento do preço dos combustíveis.
A gasolina subiu 2,80%, etanol 4,50%, gás veicular 2,06% e o óleo diesel com 1,79%. Já quanto ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a alta em agosto foi de 0,88%, ficando um pouco abaixo do percentual de 1,02% em julho.
O indicador dos últimos 12 meses é preocupante e chega a 10,42%, estando acima dos observados 9,85% nos 12 meses anteriores. Em agosto do ano passado essa taxa foi de alta de 0,36%.
Inflação no Brasil
A inflação do Brasil é a terceira maior da América Latina no acumulado dos últimos 12 meses, sem contar o exemplo da Venezuela que vive uma hiperinflação. A Inflação acumulada no Brasil nos últimos 12 meses chegou em 9%, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas que levou em conta países também da América Central.
O quadro é preocupante, sendo que o país fica atrás apenas da Argentina, com 51% e do Haiti, com um acumulado de 17%. Um dos motivos que levou muitos investidores a deixarem o Brasil foi a incerteza política e os juros chegaram a ficar em apenas 2%, onde a maior parte dos investidores buscou mercados mais seguros no exterior.
Como esse fenômeno monetário impacta a sua vida?
A inflação impacta a vida de toda a população, pero em sua maioria aos mais pobres. É que se por um lado o preço dos itens sobem, o salário não acompanha. Com um salário mínimo de apenas R$ 1.100, o salário vigente no país não é um dos mais baixos de diversos países no mundo, mas em comparação também com os países da região.
Desta forma, cada vez mais pessoas têm passado por dificuldades financeiras para pagar por serviços básicos, como as contas do cotidiano e a cesta básica. O Governo Federal tem distribuído o Auxílio Emergencial como uma forma de ajuda extra, porém o valor de R$ 150 está muito abaixo para garantir o pagamento da cesta, ficando abaixo da inflação.