O índice de atividades turísticas do Brasil cresceu 4,0% em maio deste ano, em comparação com o mês anterior. Esse foi o segundo resultado positivo consecutivo do turismo brasileiro, período em que acumulou uma ganho de 4,7%.
Com o acréscimo do resultado de maio, o índice de atividades turísticas ficou ainda mais distante do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. A propósito, o segmento de turismo ficou 5,6% acima do patamar pré-pandemia em maio deste ano.
Por falar na crise sanitária, o setor turístico sofreu fortes perdas nos últimos anos, e não só o nacional. Em suma, a crise sanitária afundou o turismo em todo o mundo porque houve restrições às viagens e incentivo ao distanciamento social, medidas que visavam evitar a disseminação do coronavírus.
Em 2022, o índice de atividades turísticas do Brasil registrou um crescimento significativo de 29,9% em relação a 2021. O desempenho surpreendeu os analistas e foi impulsionado, principalmente, pelo resultado de dezembro.
A melhora do quadro sanitário e o fim das restrições fortaleceram a busca dos consumidores por viagens e pacotes turísticos em todo o país. Inclusive, o indicador de turismo teve um crescimento de 4,1% no último mês de 2022, em relação a novembro.
Em janeiro deste ano, o índice teve um leve crescimento, apesar da forte base comparativa, indicando resiliência do setor. No entanto, entre fevereiro e março, as taxas foram negativas, mas isso não significou uma tendência de queda, pois os resultados foram bem tímidos, próximos da estabilidade. O resultado mudou em abril, e o crescimento se fortaleceu em maio.
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Atividades turísticas superam nível pré-pandemia
Com o acréscimo do resultado de maio, o índice de atividades turísticas passou a ficar 5,6% acima do patamar de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19.
Em síntese, o índice já havia eliminado todas as perdas provocadas pela crise sanitária em dezembro de 2022, e permanece acima dessa marca em 2023, registrando aumento da distância entre as taxas em maio.
O resultado foi bastante positivo, uma vez que o turismo brasileiro ficou abaixo do patamar pré-pandemia por quase dois anos, até novembro de 2022. Entretanto, conseguiu superar essa marca em dezembro do ano passado, e vem se mantendo acima dela desde então.
Embora tenha eliminado todas as perdas acumuladas na pandemia, o índice de atividades turísticas continua distante do patamar mais alto já observado na série. Em suma, o indicador está 1,9% abaixo do ponto mais alto já registrado, alcançado em fevereiro de 2014. Em abril, a distância era de 6,7%, ou seja, o indicador conseguiu eliminar boa parte da distância.
Todos esses dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta semana.
Turismo cresce em relação a maio de 2022
De acordo com o IBGE, o índice de atividades turísticas teve uma avanço firme na base mensal, mas o resultado anual ficou ainda mais expressivo. Em resumo, o turismo brasileiro cresceu 8,6% em relação a maio de 2022, 26ª taxa positiva consecutiva.
A saber, o crescimento anual vem ocorrendo desde abril de 2021, justamente devido à fraca base comparativa. Isso porque a pandemia foi decretada em março de 2020 e, a partir de então, derrubou os dados não só do turismo mundial, mas também do nacional.
Como a pandemia afetou diretamente o índice de atividades turísticas, todos os dados se enfraqueceram, principalmente a partir de abril 2020. Dessa forma, o indicador passou a registrar avanços significativos em relação ao mesmo período do ano anterior em 2021, e vem mantendo essas taxas positivas até hoje.
No entanto, isso não deverá acontecer de maneira recorrente em 2023, visto que a base comparativa se fortaleceu nos últimos tempos. Aliás, o ano de 2022 ficou marcado pela recuperação do turismo nacional e mundial, e o crescimento tímido de abril reflete essa expectativa. Os analistas projetam crescimento do turismo brasileiro neste ano, mas sem discrepância em relação ao ano passado.
Em relação a maio de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu em dez dos 12 locais pesquisados pelo IBGE. A alta mais importante veio de São Paulo (6,6%), seguido por Rio de Janeiro (15,0%), Minas Gerais (17,0%) e Bahia (13,6%). Por outro lado, os impactos negativos mais intensos vieram do Ceará (-3,4%) e do Distrito Federal (-1,9%).
Os dados do IBGE se referem apenas a 12 Unidades da Federação (UFs), que são: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
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