História do Brasil: governo de Deodoro da Fonseca

O Governo de Deodoro da Fonseca: vai cair na sua prova!

O Governo de Deodoro da Fonseca foi o primeiro governo de toda a história da República brasileira.

Devido à grande quantidade de transformações e mudanças, o assunto aparece com uma grande frequência nas principais provas do país, com um destaque para os vestibulares militares, os concursos que abordam história do Brasil e o ENEM.

O Governo de Deodoro da Fonseca: Introdução

Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil logo após a Proclamação da República, realizada por ele mesmo, no dia 15 de novembro de 1889. Deodoro ocupou a presidência por dois anos e depois esse período renunciou. Historiadores afirmam que o principal motivo de sua renúncia ao cargo tenham sido as inúmeras disputas com o poder legislativo e a consequente falta de apoio desse mesmo.

O seu governo foi caracterizado por uma grande e profunda crise política e econômica. A primeira crise foi motivada, inicialmente, pela existência de uma disputa entre dois grupos: os positivistas, que defendiam que o país deveria ser governado por uma república autoritária, e os liberais, que defendiam a formação de uma Assembleia Constituinte e um governo que respeitasse a autoridade dos outros dois poderes (legislativo e judiciário).

O governo de Deodoro foi dividido em duas fases: uma provisória e uma constitucional.

O Governo de Deodoro da Fonseca: Contexto Histórico

O governo de Deodoro da Fonseca se iniciou logo após a Proclamação da República, quando o próprio Deodoro liderou a destituição do Gabinete Ministerial do visconde de Ouro Preto. No final desse mesmo dia, a república foi proclamada. É válido destacar que Deodoro contou com o forte apoio dos militares que se encontravam insatisfeitos com a monarquia de D. Pedro II desde a Guerra do Paraguai. Além disso, os cafeicultores de São Paulo também desejavam uma maior participação na política, e isso só seria possível com a instauração da República.

Deodoro foi o primeiro presidente da República brasileira e também um dos dois militares que presidiriam a chamada República da Espada.

O Governo de Deodoro da Fonseca: Governo Provisório

O Governo Provisório de Deodoro da Fonseca se iniciaria no ano de 1889, com a Proclamação da República, e terminaria no ano de 1891, com a instauração da segunda fase de seu governo: a fase constitucional.

Durante o governo provisório, os militares que ocupavam o poder almejavam apagar todos os símbolos e todas as instituições que já foram ligados à monarquia. Além disso, durante os primeiros meses de governo, Deodoro também foi o responsável por causar uma série de outras mudanças. Entre elas, podemos citar principalmente a separação do Estado e da Igreja Católica, a criação da bandeira republicana com o lema Ordem e Progresso e a regulamentação do casamento civil.

Porém, durante a primeira fase de seu governo, Deodoro precisou enfrentar uma forte crise econômica que impactou o país e que ainda o impactaria durante toda a década de 90. Essa crise ficou conhecida como “Crise do Encilhamento”. A desestabilização econômica foi causada primeiramente pela inflação, que acometeu o país quando o Ministro da Fazenda Rui Barbosa autorizou os bancos privados a emitir quantidades absurdas de papel moeda sem lastro, ou seja, sem reserva. Dessa maneira, uma especulação financeira foi gerada e a economia do país quebrou.

A política do Encilhamento deveria impulsionar a industrialização e a modernização do país, mas acabou causando a falência de uma série de empresas e bancos e uma altíssima inflação. A crise seria solucionada somente no governo de Campos Sales, anos depois.

O Governo de Deodoro da Fonseca: Governo Constitucional

A segunda Constituição brasileira foi promulgada no dia 24 de fevereiro de 1891, iniciando a fase constitucional do governo de Deodoro. Vale lembrar que para criar a Carta, os militares se inspiraram na Constituição da recém-criada república dos Estados Unidos.

Dessa maneira, o caráter federalista da constituição americana foi aplicado no Brasil, o que fez com que as oligarquias e os coronéis adquirissem poderes políticos importantes e autonomia local.

Porém, o autoritarismo de Deodoro da Fonseca inseriu o país em uma crise política depois de menos de um ano do início de seu governo constitucional. A própria ambição de Fonseca e as disputas com os membros do legislativo e com o seu próprio vice, Marechal Floriano Peixoto, causaram também a perda de apoio e a insatisfação com o governo de Deodoro.

O Governo de Deodoro da Fonseca: Declínio e renúncia

Com a forte oposição dos parlamentares, Deodoro decidiu fechar o Congresso Nacional no dia 3 de novembro de 1891, violando artigos da Constituição. Como forma de responder à essa atitude do presidente, os ferroviários da Central do Brasil entraram em greve e a Armada da Marinha declarou oposição ao governo federal, exigindo a renúncia do Marechal. Além disso, os membros da marinha ameaçaram bombardear a capital do país, o Rio De Janeiro. Esse episódio ficaria conhecido como Revolta da Armada e é considerado um dos maiores motivos que ocasionaram a renúncia do presidente.

Sem nenhum apoio, no meio de uma crise e de uma revolta, Deodoro da Fonseca renuncia ao seu cargo no dia 23 de novembro de 1891.

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