História do Brasil: a Crise do Primeiro Reinado

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A Crise do Primeiro Reinado: um resumo

Diversos são os fatores que ocasionaram a chamada “crise do Primeiro Reinado”, evento extremamente importante para a história do Brasil.

A crise do governo de D. Pedro I é abordada com grande frequência pelas principais provas do país, como o ENEM, os vestibulares e os concursos. Vamos conhecer, a seguir, as principais características desse evento.

A Crise do Primeiro Reinado: contexto histórico

O termo “Primeiro Reinado” corresponde ao governo de nove anos do imperador D. Pedro I, que se inicia no ano de 1822, com a independência do Brasil.

O período foi, desde o seu início, caracterizado por uma série de instabilidades sociais, políticas e econômicas que, juntas, contribuiriam para a crise nos anos finais do governo.

A Crise do Primeiro Reinado: crise econômica

A crise econômica foi um dos principais motivos que culminariam na desestabilização do Primeiro Reinado. Isso porque, D. Pedro I provocou a defasagem dos cofres públicos brasileiros devido à uma série de gastos excessivos. Dentre eles, podemos citar os gastos com a independência do Brasil, concretizada no ano de 1822: o imperador pagou cerca de 2 milhões de libras para que Portugal reconhecesse a independência do país.

Ainda, o governo de D. Pedro I investiu em tropas e em armamentos para combater a Confederação do Equador, movimento organizado por alguns estados nordestinos que tentaram criar um Estado autônomo e independente.

O Primeiro Reinado concretizou a sua crise econômica, por fim, com os gastos investidos na Guerra da Cisplatina, em uma tentativa de não perder a província da Cisplatina, atual Uruguai, que pertencia ao Brasil.

A Crise do Primeiro Reinado: autoritarismo

O autoritarismo de D. Pedro I contribuiu para diversas crises internas do governo, principalmente em relação à relação do imperador com os parlamentares.

Isso porque, no ano de 1824, o imperador havia outorgado uma Constituição para o país, depois de dissolver a Assembleia Constituinte de 1823. Essa Carta previa a criação de um quarto poder, o poder moderador, que estaria acima dos outros três (executivo, legislativo e judiciário). Assim, a tradicional divisão dos três poderes estaria subordinada às vontades do imperador.

A Crise do Primeiro Reinado: assassinato de Libero Badaró

No ano de 1830, o Primeiro Reinado passou por uma nova crise que contribuiria para o seu fim. Nesse ano, o jornalista Libero Badaró, que era um claro opositor do governo, foi assassinado.

A postura adotada pelo imperador em relação ao assassinato fez com que muitos jornais da época suspeitassem que ele estaria envolvido diretamente na morte.

A Crise do Primeiro Reinado: noite das garrafadas

A noite das garrafadas foi um conflito que ocorreu em 1831. Antes do conflito, D. Pedro I já sofria com a desaprovação de vários segmentos da sociedade, como vimos.

Essa manifestação demonstrou a insatisfação da sociedade e dos políticos com o império. Depois da noite das garrafadas, D. Pedro nomeia, sob pressão, novos parlamentares brasileiros.

Todavia, a sociedade brasileira e a classe política ainda continuavam insatisfeitas. Assim, algumas semanas depois, novos protestos pedindo a saída do imperador voltaram a acontecer. 

Devido à esses protestos, à crise do governo como um todo e às pressões em Portugal, D. Pedro I renuncia e nomeia seu filho D. Pedro de Alcântara como sucessor.

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