História do Brasil: o Primeiro Reinado

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O Primeiro Reinado: um resumo

O termo Primeiro Reinado se refere ao primeiro império brasileiro, que se iniciou no ano de 1822, com a independência do Brasil.

O tópico é cobrado pelas principais provas do país, com um destaque para o ENEM, os concursos, os vestibulares e os vestibulares militares.

Dessa maneira, é fundamental que você domine as principais características desse assunto da história do Brasil.

O Primeiro Reinado: Introdução

O Primeiro Reinado foi um período da história brasileira que durou exatamente oito anos e sete meses. O governo de D. Pedro I se iniciou com a proclamação da independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822,  e terminou no ano de 1831, quando Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, que contava com apenas 5 anos de idade.

O Primeiro Reinado: Características

O Primeiro Reinado, primeiro período da monarquia brasileira, se caracteriza pela formação do Estado Nacional brasileiro. Isso porque, até o ano de 1822, o Brasil era parte do Reino Unido de Portugal e Algarves e estava submetido à Coroa Portuguesa.

A economia do Primeiro Reinado se baseia na exportação de alimentos produzidos pela agricultura, como o algodão, o tabaco e o açúcar. Vale ressaltar que essa produção era realizada por escravizados vindos do continente africano.

Ainda, é válido destacar que o período se caracteriza também pela disputa entre a elite latifundiária e o imperador, uma vez que ambos almejavam o aumento de seus poderes.

O Primeiro Reinado: Constituição

No ano de 1823, deputados se reuniram em uma Assembleia Legislativa para redigir uma Constituição para o recém-criado país.

Porém, essa Assembleia seria dissolvida por D. Pedro I, uma vez que a Constituição que estava sendo redigida pretendia limitar os poderes do imperador.

Assim, no ano de 1824, D. Pedro outorga uma nova constituição, que contava com a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador. O poder moderador era representado justamente pelo imperador e atribuía poderes para a sua figura que poderiam ultrapassar todos os outros três.

A nova Constituição gerou muita insatisfação entre os deputados e os latifundiários, uma vez que ela consolidava a centralização do poder nas mãos de D. Pedro.

O Primeiro Reinado: Conflitos

O Primeiro Reinado foi caracterizado por alguns conflitos que contribuíram para a queda da popularidade do imperador.

Entre eles, podemos citar a Confederação do Equador. A Confederação foi um movimento revolucionário de caráter republicano e separatista que ocorreu em Pernambuco, no ano de 1824. O principal objetivo do movimento era separar o estado do resto do país e, assim, criar uma república autônoma que não estivesse subordinada ao imperador e suas leis.

O movimento foi reprimido pelas forças do exército brasileiro. Porém, a violência utilizada por D. Pedro na repressão e a execução de Frei Caneca, um dos líderes do movimento, consolidaria a insatisfação da população com o Primeiro Reinado.

Outro conflito que ocorreu nesse período foi a Guerra da Cisplatina. A Guerra foi um conflito que se iniciou em 1825. Os embates envolveram o Brasil, as Províncias Unidas do Rio da Prata e o atual Uruguai.

É válido destacar que as consequências da guerra foram péssimas para o Brasil. Isso porque, os grandes gastos com o conflito agravaram ainda mais a crise econômica existente. Assim, a insatisfação com o Primeiro Reinado, que vinha aumentando desde o ano de 1822, foi definitivamente consolidada entre todas as camadas da população.

O Primeiro Reinado: Crise

Os conflitos supracitados, a crise econômica, a centralização do poder, o autoritarismo do imperador e os seus casos extraconjugais foram os motivos que consolidaram o descontentamento da população e da elite com o reinado. O descontentamento com o governo pôde ser percebido também no evento que ficou conhecido como Noite das Garrafadas, noite na qual o Imperador, que chega ao Rio de Janeiro, foi recebido com protestos.

Além disso, em 1826, D. João VI falece em Portugal. D. Pedro deveria, então, assumir o trono, uma vez que, caso não o fizesse, esse seria assumido por seu irmão D. Miguel.

Assim, em 1831, D. Pedro abdica do trono brasileiro em nome de seu filho e volta para Portugal, iniciando o período que ficaria conhecido como Período Regencial.

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