Governo busca implementar Educação Financeira nas escolas

O Ministério da Educação tem buscado maneiras de implementar a Educação Financeira nas escolas. Algumas das ações mais recentes promovidas pelo Governo em parceria com a CVM são cursos de formação continuada no âmbito financeiro para aproximadamente 500 mil professores.

De acordo com o SPC, mais de 62 milhões de indivíduos possuíam o nome sujo no país em 2020. Desta forma, existe um grande interesse em integrar conteúdos de Educação Financeira nas escolas.

O objetivo dessa implementação seria internalizar nos alunos desde o início da vida conhecimentos financeiros. Bem como autonomia financeira, intenção de poupar e consequentemente uma participação mais ativa dos jovens nas finanças do lar.

Sabe-se que a escola é o ambiente onde os alunos adquirem não apenas conhecimentos. Como também a capacidade de conviver em sociedade. Essa experiência no ambiente escolar, que atualmente se inicia obrigatoriamente aos 4 anos de idade, deve contribuir para a formação moral e cidadã dos brasileiros em formação.

Educação Financeira na Base Nacional Comum Curricular

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que regulamenta quais atividades são consideradas necessárias para a formação dos alunos no Brasil. A BNCC abrange escolas públicas e privadas do país em todos os níveis da educação básica.

A Educação Financeira é considerada pelo MEC um importante conteúdo no desenvolvimento dos jovens. Entretanto, o tema é poucas vezes citado no documento. Nas poucas vezes que aparecem, as competências têm como intuito trabalhar o conceito de economia e finanças como taxas de juros, inflação, impostos, entre outros temas.

Apesar disso, o conteúdo considerado importante para a compreensão da Educação Financeira é vinculado a outras disciplinas. Desta forma, ao ser trabalhada juntamente com Matemática, por exemplo, o tema acaba se tornando abstrato aos alunos.

Projetos de capacitação de professores

Documentos afirmam que a Educação Financeira deve dialogar com as disciplinas do currículo. Entretanto, são poucas as possibilidades de formação continuada destinadas a professores sobre o tema.

Ademais, o país possui mais de 2,5 milhões de professores. Logo, as oportunidades oferecidas pelo Estado, como os cursos para 500 mil discentes são extremamente escassas.  Desta forma, mesmo que a BNCC contenha informações sobre Educação Financeira, os professores ainda não são capacitados para relacionar o tema às disciplinas escolares.

Na busca de implementar a Educação Financeira nas escolas, foi criada em 2014 a Plataforma Aberta de acesso aos livros de Educação Financeira. Essa plataforma abriga materiais didáticos elaborados para o ensino médio. Portanto, é possível que o educador baixe os livros e os disponibilize aos alunos.

Entretanto, a Plataforma é pouco explorada pelos professores. Afinal, os discentes já possuem afazeres bastante burocráticos para com a escola. Além de cargas horárias que muitas vezes estendem-se do ideal, de forma que torna-se inviável buscar esse conhecimento sem incentivo do Estado.

Outros projetos foram desenvolvidos com o objetivo de trabalhar a Educação Financeira. Esses programas identificaram melhorias significativas no conhecimento financeiro dos alunos. Todavia, não foram aplicados em todas as escolas da rede pública, de forma que muitos discentes ainda não possuem acesso ao tema.

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