Governo Federal anuncia novos concursos

Órgãos e Ministérios recebem autorização para novos certames.

Nesta sexta-feira, 16 de junho, o Governo Federal anunciou a autorização de novos concursos públicos para 2023. A divulgação ocorreu pela ministra Esther Dweck, do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

De acordo com ela, então, a autorização é para um total de 4.436 vagas em 20 órgãos e 14 ministérios. No entanto, é possível que ainda saiam mais oportunidades em breve.

“Os que não saírem hoje, pode ser que saiam na segunda ou terça”, explicou a ministra.

A publicação das autorizações serão no Diário Oficial da União ainda na edição desta sexta-feira.

Segundo a secretária interina de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Meri Lucas, os novos concursos se mostram essenciais, tendo em vista a saída de vários servidores.

Além disso, esta ação busca profissionalizar a administração pública, bem como qualificar e repor os quadros de servidores. Desse modo, será possível fortalecer os órgãos e Ministérios, de forma a melhorar o serviço que prestam.

“Nos últimos sete anos, a administração pública teve uma perda de cerca de quase cem mil servidores, que por vários motivos saíram. Então efetivamente há uma necessidade clara do fortalecimento da capacidade estatal através da ampliação da sua força de trabalho”, pontuou a secretária.

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Ela ainda explicou a relação entre as áreas que mais precisam de atenção.

“Só as áreas de Educação, Saúde e Previdência representam cerca de 68% da nossa força de trabalho, então não é possível a gente ampliar universidades e institutos federais sem dar condições para que eles funcionem”, declarou.

Que órgãos o Governo Federal irá priorizar?

Neste recente anúncio do Governo Federal, o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos indicou que os órgãos com novos concursos serão:

  • Mapa, com 100 vagas para o cargo de agente de atividades agropecuárias, 100 para agente de inspeção, 200 para auditor-fiscal e 40 para técnico de laboratório;
  • Inmet, com 40 para o cargo de analista em ciência e tecnologia e 40 para tecnologista;
  • Incra, com 137 vagas para analista administrativo, 446 vagas para analista em reforma e desenvolvimento e 159 para engenheiro agrônomo;
  • MEC, com 220 vagas para técnico em assuntos educacionais;
  • Capes, com 50 vagas para analista em ciência e tecnologia;
  • FNDE, com 100 vagas para especialista em financiamento;
  • ICMBio, com 50 vagas para técnico e 100 para analista;
  • MRE, com 50 vagas imediatas e 50 vagas em cadastro de reserva para oficial de chancelaria;
  • INPI, com 40 vagas para analista, 40 para pesquisador e 40 para tecnologista;
  • Inmetro, com 40 vagas para analista executivo e 60 para pesquisador;
  • DNIT, com 50 vagas para analista administrativo e 50 para analista em infraestrutura;
  • ANM, com 24 vagas para especialista em recursos minerais;
  • MME/PGPE, com 30 vagas para administrador;
  • Transversais ATE, com 300 vagas para analista de infraestrutura;
  • Transversais ATI, com 300 vagas para analista em tecnologia;
  • MTE, com 900 vagas para auditor-fiscal do trabalho;
  • CNPQ, com 50 vagas para analista em ciência e tecnologia;
  • Censipam, com 50 vagas para analista em ciência e tecnologia;
  • MS, com 220 vagas para tecnologista;
  • Fiocruz, com 100 vagas para analista de gestão em saúde, 100 vagas para pesquisador em saúde pública e 100 para tecnologista em saúde pública.

Assim, é possível perceber que as oportunidades serão para áreas e níveis de formação variados.

Outros órgãos podem receber concursos

Para além destes órgãos e ministérios que abrirão editais, o Governo Federal já indica que outros estão no radar para novas seleções.

Desde o início do ano, a gestão vem indicando que divulgaria diferentes lotes de autorizações para concursos públicos. Desse modo, há a expectativa de que mais liberações ocorram até o fim de 2023.

Dentre os órgãos que poderão receber concursos públicos estão, por exemplo, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e os ministérios da Educação e o do Planejamento e do Trabalho.

“Fora isso, tem carreiras transversais. Estamos muito focados nas três primeiras: analista de infraestrutura, analista de tecnologia da informação (ATI) e analista técnico de Políticas Sociais (ATPS). O governo perdeu muita gente dessas carreiras, em todas as áreas, e queremos dar um peso maior nelas para preencher cargos nos ministérios recém-criados”, declarou a ministra Esther Dweck, ainda em abril.

As oportunidades poderão ser para diferentes níveis de escolaridade. No entanto, o Governo Federal dará prioridade para as carreiras de nível superior.

“Achamos que algumas carreiras precisam ser de nível médio, como é o caso da Funai, mas temos uma tendência a priorizar mais as demandas por nível superior”, explicou a ministra.

A última gestão, contudo, focou mais em oportunidades de nível médio, tendo em vista que possuem remunerações menores.

Governo Federal dará destaque para área ambiental

Um dos ministérios que terão destaque nesta nova leva de concursos públicos é o do Meio Ambiente. Nesse sentido, o Governo Federal deverá, ainda, autorizar a nomeação de excedentes de concursos anteriores para:

  • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama);
  • Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Além disso, os órgãos poderão ter novos certames no futuro. De acordo com o presidente Lula, na quinta-feira, dia 15 de junho, o Ibama terá novo concurso.

“Nós estamos contratando um novo concurso para o Ibama, porque quando eu deixei a presidência, o Ibama tinha 1.700 funcionários, hoje o Ibama só tem 700 funcionários. Não tem nem a capacidade necessária para a fiscalização”, declarou.

Ademais, serão 502 cargos para a Fundação dos Povos Indígenas (Funai). Inclusive, o anúncio este órgão ocorreu junto do reajuste de 9% aos servidores federais. Isto é, o que demonstra, de acordo com o Governo Federal, a busca por valorizar a carreira.

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Em conjunto, também terá concurso o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O objetivo é repor o serviço público

De acordo com a ministra Esther Dweck, a gestão anterior acabou precarizando o serviço público. Nesse sentido, o Governo Federal busca repor o quadro de servidores, a fim de melhorar a qualidade da administração.

“Quando a gente fez o quadro de quantitativo, a gente observou o grau de perda que tinha ocorrido. O governo anterior comemorava essa queda do quadro de pessoal como se fosse um ganho de gestão, quando na verdade era muitas vezes uma precarização do serviço”, defendeu.

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Portanto, o objetivo é repor o quadro de servidores públicos a fim de valorizar o atendimento à população brasileira.

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