GASOLINA: Veja a lista dos Estados com os maiores preços médios do país

Os motoristas que utilizam gasolina receberam uma notícia positiva em relação ao combustível. Na segunda semana de outubro, o preço médio da gasolina caiu 0,17%, passando de R$ 5,77 para R$ 5,76 no país.

Embora o recuo tenha sido de apenas um centavo, o resultado foi comemorado pelos brasileiros, ainda mais por ter sido a sétima semana consecutiva de queda nos valores do combustível. Contudo, todos esses recuos não conseguiram eliminar a alta acumulada nas semanas anteriores.

Gasolina cai de novo, mas preço segue elevado

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou mais barata pela sétima semana consecutiva nos postos do país. A informação isolada é muito positiva e, às vezes, acaba criando uma falsa sensação de barateamento do combustível, mas a realidade não é bem assim.

A saber, o combustível acumulou uma queda de 12 centavos nas sete semanas de queda. Com isso, eliminou apenas um terço do avanço acumulado nas três semanas anteriores, de 36 centavos. Em outras palavras, os motoristas estão pagando mais barato que há sete semanas, mas as quedas precisam ficar mais intensas para eliminar toda a alta observada nas semanas anteriores.

Preço da gasolina cai de novo no país, mas combustível continua caro
Preço da gasolina cai de novo no país, mas combustível continua caro. Imagem: Freepik.

Por que a gasolina ficou tão cara em três semanas?

No dia 16 de agosto, a Petrobras elevou em 16,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras do país. Esse foi o primeiro aumento no valor da gasolina em quase sete meses, visto que a última vez que a companhia havia elevado o valor do combustível foi no dia 25 de janeiro deste ano.

Antes da alta no preço da gasolina, a Petrobras havia promovido quatro reajustes entre o final de janeiro e o início de agosto, mas todos reduzindo o valor do combustível. Inclusive, mesmo com o acréscimo do reajuste de agosto, a gasolina vendida para as distribuidoras do país segue mais barata que em 2022.

Em suma, no final do ano passado, o litro do combustível estava custando R$ 3,08. Já em agosto deste ano, o reajuste da Petrobras fez o litro do combustível subir de R$ 2,52 para R$ 2,93, uma alta de 41 centavos, mas ainda abaixo do valor de dezembro de 2022.

Cabe salientar que o valor é quase duas vezes menor que o preço médio encontrado nas bombas do país (R$ 5,76) e reflete o quanto os motoristas precisam gastar para abastecer seus veículos com o combustível. Em síntese, isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.

Impostos também encarecem gasolina em 2023

Além do reajuste da Petrobras, outros fatores estão encarecendo a gasolina em 2023, e o principal deles são os impostos. Como o governo do ex-presidente isentou os motoristas do pagamento de diversos impostos, os valores do combustível caíram nos últimos meses do ano passado. Entretanto, essa realidade mudou neste ano.

Em resumo, a gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. O governo havia prorrogado a isenção desses impostos por dois meses, entre janeiro e fevereiro.

Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.

Antes, os estados definiam as alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.

Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em suma, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.

Estados com os maiores preços do país

Na segunda semana de outubro, o preço da gasolina caiu em três as regiões brasileiras, com os recuos oscilando entre dois e quatro centavos. Além disso, a ANP revelou que o preço médio da gasolina caiu em 16 das 27 unidades federativas (UFs).

Apesar dos recuos na semana, diversos estados comercializaram o combustível a preços bem maiores que a média nacional (R$ 5,76). Confira abaixo os preços médios mais altos da gasolina na segunda semana de outubro:

  1. Acre: R$ 6,78;
  2. Amazonas: R$ 6,52;
  3. Rondônia: R$ 6,47;
  4. Sergipe: R$ 6,12;
  5. Bahia: R$ 6,10;
  6. Tocantins: R$ 6,02.

Em síntese, estes foram os únicos locais a apresentarem preços superiores a R$ 6,00. Isso quer dizer que os motoristas destes locais sofreram com os valores mais elevados do país, por isso, tiveram que pagar mais caro para abastecerem seus veículos com gasolina.

Por fim, vale destacar que a ANP coleta os preços praticados em milhares de combustíveis em todo o país desde 2004 e divulga semanalmente os preços médios da gasolina, do etanol e do diesel em cada região brasileira, bem como em cada estado e sua respectiva capital.

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