Não existe momento pior para o auxílio emergencial chegar ao fim do que agora. Pelo menos essa é a avaliação de vários analistas econômicos. É que de acordo com as informações oficiais, o país está passando por um momento de aumento do custo de vida. Viver no Brasil agora é uma tarefa bastante cara.
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Pelo calendário oficial do Auxílio Emergencial, o programa ainda deve fazer mais um pagamento. E ele deve acontecer já na próxima semana. A ideia é escalonar essas liberações até o fim deste mês de outubro. Logo depois, o projeto deixa de existir. Pelo menos é isso o que se sabe oficialmente.
Se isso acontecer mesmo, então as pessoas que ficarão sem o auxílio passarão a ficar sem nenhum tipo de ajuda justamente em um momento de aumento de preços. Podemos lembrar aqui da elevação do valor do botijão de gás, da cesta básica, da energia elétrica e até mesmo do gasolina.
“Se esse Auxílio acabar eu não sei o que vai ser da minha vida e nem da vida dos meus filhos. É pouco? É. Mas está me ajudando a pagar pelo menos as minhas contas”, disse uma mãe beneficiária em entrevista para o jornal Folha de São Paulo nesta semana. A situação dela está longe de ser isolada.
Nas redes sociais, muita gente está tentando pressionar o Governo Federal a confirmar essa prorrogação do benefício. No entanto, até agora ainda não há nada de oficial sobre esse assunto. Como dito, o que segue valendo é que o programa vai fazer o seu último pagamento ainda neste mês de outubro.
Empregos
A situação piora quando se sabe que a procura por emprego no Brasil também não é um processo fácil. Quem procurou trabalho nos últimos meses, geralmente está esbarrando em uma série de negativas. Mais de 15 milhões estão desempregados.
Em entrevista nesta semana, o líder do Governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse que as pessoas que forem saindo do Auxílio Emergencial poderão vender pipocas já que o carnaval vai voltar a acontecer.
A declaração acabou causando uma certa polêmica. É que algo em torno de 25 milhões de brasileiros passarão a ficar sem nenhum tipo de ajuda do Governo a partir de novembro. E essas são contas do próprio Ministério da Cidadania.
Entrevista sobre Auxílio
No dia 12 de outubro, o Ministro da Economia, Paulo Guedes disse em entrevista que o Auxílio Emergencial não será prorrogado. Ele disse que isso só aconteceria se a pandemia do novo coronavírus apresentasse uma piora.
De acordo com o Ministro, diante do processo de vacinação em massa e da recuperação dos empregos, mesmo que informais, ele não vê motivo para prorrogar o benefício em questão. E isso acabou causando repercussão nas redes sociais.
Caso isso se confirme, então o país passaria a ter apenas o Auxílio Brasil a partir de novembro. O novo programa deve substituir o Bolsa Família e atender algo em torno de 17 milhões de pessoas que receberão uma média mensal de R$ 300.