Exportações do setor agropecuário brasileiro batem recorde

Valores foram expressivos para o mês de junho

O setor de agronegócio do país apresentou uma grande alta no primeiro semestre de 2022 com US$79,3 bilhões relativos a exportações. Ademais, é um recorde, um crescimento substancial de 28,4% de janeiro a junho, comparado com o mesmo período do ano passado.

Os preços dos produtos exportados pela agricultura nacional tiveram uma valorização de 27,7% no período. Dessa maneira, o volume exportado, teve um crescimento mais tímido com uma alta de 1,3%. Com estes novos números, o setor apresenta uma participação de 48,3% das exportações totais do país no 1º semestre do ano.

No entanto, em relação a um dos produtos que mais vendem no mercado externo, a produção de grãos, óleo e farelo de soja, apresentou uma queda de 2,5% no volume exportado, indo para cerca de 64,7 milhões de toneladas. Todavia, esse fato se deve a uma queda de 7,8% nas exportações da oleaginosa em grãos que recuaram para 53,07 milhões de toneladas.

A redução da exportação está relacionada a uma forte seca na região sul do país durante a safra de 2021/2022, que causou uma diminuição no número de grãos para embarque. No ano passado, houve um recorde relacionado a safra de soja. Em suma, o Brasil é o maior exportador do grão do mundo.

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Aumento das exportações

Em síntese, mesmo com um volume menor de grãos exportados, o preço da oleaginosa teve uma variação positiva de 30%, o que fez com que a receita de exportação alcançasse os impressionantes 30,6 bilhões de dólares, um crescimento de 23,7% em relação a 2021.

A princípio, as exportações agropecuárias totais de junho também tiveram um recorde em sua série histórica. De acordo com o Ministério da Agricultura, foram negociados 15,71 bilhões de dólares, um aumento de 31,2%. O volume exportado também teve um crescimento de 2,1%.

Voltando ao complexo de soja, houve uma alta nas vendas externas de 8,06 bilhões de dólares, alcançando uma valorização de 31,9% em junho. Esse resultado expressivo se deu mesmo com a queda na produção de grãos de -2,3%.

A China foi o país que mais comprou do Brasil no período. Foram negociados 6,49 milhões de toneladas da oleaginosa, ou seja, 64,5% da produção nacional exportada. No entanto, houve uma queda de -8,2% nas vendas relativas ao mesmo período do ano passado.

Em relação ao farelo de soja, as negociações acerca do produto, que é o segundo principal do complexo, tiveram um aumento de 63,8%, onde 1,20 bilhão de dólares foram negociados. Foi a primeira vez que as negociações relativas ao produto obtiveram um valor acima de um bilhão.

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Ministério da Agricultura

De acordo com o Ministério da Agricultura, houve uma menor produção de soja em países da América do Sul, como Argentina e Brasil. Além disso, a guerra da Ucrânia, que é o maior exportador de farelo de girassol do mundo, fez com que o estoque de farelo para alimentação animal ficasse reduzido, aumentando os preços do produto brasileiro no mercado internacional.

A União Européia foi a região que mais comprou farelo de soja brasileiro. Foram adquiridos cerca de 448,26 milhões de dólares, uma alta de 41,4%, ou seja, um volume de 804,8 mil toneladas, um aumento de 35,4%.

As exportações de carne também tiveram números positivos no período. As vendas em junho alcançaram os 2,35 bilhões de dólares, em junho, um crescimento de 32%. É mais um recorde, o maior valor mensal desde 1997. As proteínas bovina e de frango foram as que apresentaram o melhor resultado.

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Estes valores relacionados à exportação se devem ao fato de que houve um aumento no preço dos produtos de 25,8%. O volume negociado teve um menor aumento, cerca de 4,9% na venda para o mercado externo.

O café também teve um crescimento nas exportações em junho. As vendas do produto renderam 788,74 milhões de dólares no período. Uma variação positiva de 73,6%. Os principais mercados que compraram o produto brasileiro foram a União Européia com 376,68 milhões de dólares, uma alta de 82,5%, e os Estados Unidos, com 168,69 milhões de dólares, uma alta de 171,9%.

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