Energias renováveis: Solar ou eólica?
Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global.
Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?
É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil.
Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores.
“Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.
Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaícos.
Qual a diferença entre eólica e solar?
A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados.
No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.
Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar.
“Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.
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