Enem: Estudantes do Rio protestam no primeiro dia de provas contra interferência do governo no exame

Minutos antes do início da aplicação das prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) Enem 2021, estudantes realizaram protesto no Rio de Janeiro contra interferências do governo na composição do exame.

A manifestação foi organizada por estudantes do coletivo Juntos.org.br. O protesto aconteceu na sede da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), um dos locais de aplicação das provas do Enem 2021.

Protesto contra o ‘desmonte do Enem’

O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abriu os portões de acesso aos locais de prova às 12h. Pouco antes do início das provas, previsto para às 13h30, os estudantes em protesto estenderam uma faixa com as seguintes frases: “Pelo direito de estudar” e “Contra a censura e o desmonte do Enem”.

Denúncias sobre interferências do governo federal no Inep, órgão responsável pela realização do Enem. Além disso, surgiram denúncias de interferência na organização e composição da prova motivaram os estudantes a realizarem o protesto. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, as questões do Enem começam a ter “a cara do governo”.

As possíveis interferências seriam um dos motivos para o pedido de demissão conjunta feito por 35 servidores do Inep no início do mês de novembro. Na ocasião, os funcionários que solicitaram o desligamento alegaram “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima” do órgão. Além disso, os servidores têm denunciado tentativas do governo de intervir na escolha das questões da prova, censurando alguns temas.

Uma estudante da Universidade federal Fluminense (UFF) que participou do protesto, Fabiana Amorim, disse ao jornal Estadão que o objetivo da manifestação era de denunciar “a situação de desmonte dessa prova”. 

Além disso, a jovem de 23 anos refletiu sobre o índice de evasão da última edição do Enem. Nesse sentido, ela afirmou: “O Enem do ano passado [Enem 2020] já teve a maior taxa de evasão da história (mais da metade dos inscritos não apareceu para fazer a prova na edição de 2020). Isso tem a ver com um problema muito grave que está acontecendo na educação básica”.

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