ENEM e vestibulares: um resumo sobre Émile Durkheim
David Émile Durkheim, conhecido simplesmente como Émile Durkheim, foi um sociólogo e cientista político francês que contribui com a sociologia por meio da formulação de uma série de ideias e teorias.
Diversos aspectos do pensamento de Durkheim são abordados com grande frequência por questões de sociologia dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e a prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para que você alcance um bom desempenho no sua prova de sociologia, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo o aquilo você precisa saber sobre o pensamento de Émile Durkheim. Vamos conferir!
Quem foi Émile Durkheim?
Émile Durkheim nasceu no ano de 1858, na França, e viveu até o ano de 1917. O sociólogo viveu em uma época conturbada, caracterizada por uma série de mudanças sociais.
Émile Durkheim: os fatos sociais
Influenciado pelo positivismo de Auguste Comte, as teorias sociológicas elaboradas por Émile Durkheim possuíam objetivo de estudar os fatos sociais. Segundo o pensador, um fato social é tudo aquilo que poder existe nas sociedades humanas. Para explicar melhor a sua teoria, Durkheim afirmava que o fato social pode ser tratado da mesma maneira como a Física estuda os corpos e os movimentos destes. Por meio dessa afirmação, pode-se observar a influência do positivismo sobre as ideias de Durkheim, uma vez que o pensador analisava a sociedade de maneira objetiva, assim como faziam os positivistas.
Émile Durkheim: características dos fatos sociais
Durkheim afirmava que existiam três características fundamentais são comuns aos fatos sociais. São elas:
- Exterioridade: essa característica explica que o fato social é externo ao indivíduo, ou seja, acontece independentemente de sua própria vontade;
- Generalidade: essa característica pertence ao fato social pois, segundo Durkheim, todos os fatos sociais ocorrem em todas as sociedades de seres humanos;
- Coercitividade: essa característica explica que o fato social possui uma qualidade de coerção, ou seja, de imposição. Todo fato social é imposto aos indivíduos, existindo antes mesmo do nascimento ou da chegada dos mesmos em uma sociedade.
Émile Durkheim: tipos de solidariedade
Podemos dizer que uma das principais contribuições de Durkheim para a sociologia foi a classificação das sociedades humanas com base na solidariedade. A solidariedade poderia ser dividida em duas categorias diferentes.
A primeira delas é a solidariedade orgânica, característica das sociedades modernas. Nessas sociedades, o andamento do cotidiano é baseado na divisão do trabalho, o qual é usado como elemento de coesão social. Assim, a coesão social é baseada na interdependência entre as pessoas, na complementaridade das funções sociais e na diversidade das habilidades e conhecimentos dos mesmos.
A segunda categoria, denominada de solidariedade mecânica, é baseada nas tradições, pela homogeneidade social, pela baixa divisão do trabalho e por um forte controle sobre o grupo social. Essa solidariedade caracteriza os grupos sociais mais tradicionais, nos quais os indivíduos compartilham valores, crenças e costumes em comum. Com isso, a coesão social nesse tipo de sociedade é baseada na similaridade entre as pessoas.
De acordo com Durkheim, a evolução da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica é um processo histórico que acompanha o desenvolvimento das sociedades humanas ao longo da história. Essa evolução acontece porque, à medida que a divisão do trabalho e a complexidade social aumentam, a solidariedade mecânica entra em decadência e é substituída pela solidariedade orgânica.
Émile Durkheim: a divisão do trabalho
Émile Durkheim também analisou a divisão do trabalho em suas teorias. Para ele, esse é um elemento fundamental para a organização de qualquer tipo de sociedade.
A partir de suas observações, o sociólogo observou que a divisão do trabalho pode ser responsável por provocar uma maior interdependência entre as pessoas e, dessa maneira, uma maior solidariedade social. Dessa forma, podemos dizer que Durkheim compreendia as relações de trabalho dentro do contexto de dinâmicas sociais em que elas surgiam e atuavam.