ENEM e vestibulares: o que é a Indústria Cultural? - Notícias Concursos

ENEM e vestibulares: o que é a Indústria Cultural?

Entenda esse conceito de uma vez por todas

Indústria Cultural: resumo completo de sociologia para ENEM e vestibulares

“Indústria Cultural” é um termo criado pelos pelos sociólogos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer para definir a transformação de diferentes obras em produtos padronizados.

O assunto é abordado com muita frequência por questões de sociologia dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e a prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.

Dessa maneira, para que você possa entender esse assunto e garantir pontos nas suas provas, o artigo de hoje trouxe um resumo completo sobre a Indústria Cultural. Vamos conferir!

O que é a Indústria Cultural?

Como mencionamos, o termo “Indústria Cultural” foi criado por Theodor Adorno e Max Horkheimer e mencionado pela primeira vez na obra “Dialética do Esclarecimento”, publicada em 1947.

Os dois pensadores criaram o conceito para definir um sistema de produção de itens culturais produzidos para consumo em larga escala. Basicamente, o termo faz uma alusão ao fato de que a cultura deixou, desde meados do século XX, de ser somente parte da expressão espontânea de um grupo social e foi transformada em um produto para ser comercializado entre as massas.

De acordo com Adorno e Horkheimer, a Indústria Cultural seria a responsável pela produção em massa de produtos culturais como filmes, músicas, livros, entre outros. Além disso, segundo os dois pensadores da Escola de Frankfurt, a Indústria Cultural é responsável pela produção de uma cultura padronizada, superficial e alienante, que é usada apenas para entretenimento, inibindo qualquer forma de pensamento crítico. Com isso, os filósofos afirmam que esse tipo de produção geraria uma forma de dominação ideológica na sociedade, servindo aos interesses dos grupos dominantes e impedindo a produção de formas verdadeiras de cultura.

Quando surgiu a Indústria Cultural?

Segundo Theodor Adorno e Max Horkheimer, a Indústria Cultural teria surgido como uma consequência direta da Primeira Revolução Industrial, que começou a partir do ano de 1760.

É preciso ter em mente que a Revolução Industrial provocou a produção em massa de bens e a eclosão de grandes mercados consumidores, que sofreriam processos de expansão com o tempo.

Posteriormente, com o surgimento dos meios de comunicação de massa na primeira metade do século XX, a cultura de massa seria criada, possibilitando as bases da Indústria Cultural.

Na atualidade, a Indústria Cultural sofreu um processo de expansão que permitiu que ela incluísse outros meios de comunicação entre aqueles por ela utilizados para a expansão da propaganda sobre os seus produtos, como a internet.

O conceito “Indústria Cultural” foi, finalmente, criado na metade do século XX, em um contexto de ascensão de regimes totalitários, como o Fascismo e o Nazismo e nas vésperas do início da Segunda Guerra Mundial. Nesse período conturbado, Theodor Adorno e Max Horkheimer passaram a refletir sobre os rumos da cultura e sobre o uso da mesma pelos grupos poderosos com o objetivo de controlar a população.

Problemas da Indústria Cultural

Dentre as principais críticas feitas contra a Indústria Cultural, podemos mencionar a afirmação de muitos pensadores de que ela é responsável por criar estereótipos e preconceitos na sociedade. Além disso, muitos indivíduos apontam que a Indústria Cultural promoveria valores materialistas e superficiais, os quais seriam negativos e contribuiriam para a alienação das pessoas.

Por fim, outra crítica relacionada ao tipo de produção promovido pela Indústria Cultural estaria relacionada à qualidade da arte e da cultura dos produtos da mesma, uma vez que dezenas de artistas são forçados a produzir obras que satisfaçam as demandas do mercado consumidor.

É importante ressaltar que os próprios Adorno e Horkheimer elaboraram críticas sobre a Indústria Cultural, afirmando que ela seria responsável por provocar a padronização e massificação da cultura, ocasionado a perda da individualidade e a padronização da arte segundo preceitos capitalistas.

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